Brasil, 21 de julho de 2025
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Fundo imobiliário do Santander planeja venda milionária de ativos

Fundo imobiliário do Santander pretende vender imóveis por R$ 400 milhões; proposta gera polêmica entre investidores.

O cenário imobiliário brasileiro ganha novos contornos com a recente movimentação do fundo imobiliário do Santander, que está buscando vender seu portfólio por mais de R$ 400 milhões. O alvo dessa transação é o fundo de investimentos do BTG Pactual, que, segundo informações, estaria adquirindo os ativos por um valor substancialmente abaixo do que a carteira realmente vale, levantando questões sobre a aceitação da proposta pelos investidores.

Detalhes da transação e ativos envolvidos

Após um processo competitivo, o Santander Renda de Aluguéis (SARE11) confirmou um acordo com o banco de André Esteves. A negociação abrange os três projetos que ainda fazem parte da carteira do fundo: uma participação de 75% no WT Morumbi, um complexo de lajes corporativas localizado na Marginal Pinheiros; o edifício empresarial Work Bela Cintra; e 100% do Galpão Santo André, um condomínio logístico. Além dos imóveis, a transação inclui cotas de fundos imobiliários investidos e o capital disponível.

Propostas para os investidores

Os investidores do fundo SARE11 terão que decidir entre duas opções de recebimento: a primeira é um pagamento de R$ 476 milhões através de cotas do fundo imobiliário BTG Pactual Logística (BTLG11), avaliadas conforme o valor patrimonial. A segunda opção consiste em um pagamento à vista em dinheiro, totalizando R$ 408,7 milhões. Ambas as propostas apresentam um desconto significativo em relação ao valor patrimonial do fundo, estimado em R$ 725 milhões, considerando que os ativos foram adquiridos entre 2019 e 2021 por cerca de R$ 575 milhões.

Reação dos investidores

Com mais de 30 mil cotistas na Bolsa, a venda dos ativos surge em um contexto difícil, onde o fundo está sendo negociado a um desconto de até 40% em relação ao seu valor patrimonial. A recepção inicial das propostas, no entanto, não foi positiva. Muitos investidores expressaram descontentamento, com comentários críticos nos principais fóruns de discussão. Um investidor chegou a afirmar: “O gestor deveria ter vergonha de trazer essa proposta”, enquanto outro sugeriu que o fundo deveria optar por um processo de venda mais competitivo, avaliando as propriedades individualmente.

A importância de uma abordagem cuidadosa

Este tipo de movimentação no mercado imobiliário reflete não apenas a situação específica do fundo SARE11, mas também uma tendência maior que pode afetar as avaliações e a confiança dos investidores em ativos imobiliários em geral. A importância de uma gestão proativa e transparente se torna evidente diante das reações e preocupações levantadas pela comunidade de investidores. A queda drástica no valor de mercado em relação ao valor patrimonial acentua a necessidade de estratégias que visem recuperar a credibilidade e assegurar um futuro estável para todos os envolvidos.

À medida que essa situação se desenrola, a expectativa é que todos os investidores do fundo SARE11 permaneçam atentos às dinâmicas do mercado e conduzam suas decisões de investimento com cautela. O desfecho dessa transação poderá estabelecer precedentes importantes para o futuro do mercado imobiliário e para a abordagem de liquidez em fundos semelhantes.

Os próximos passos do fundo Santander e a resposta dos investidores serão fundamentais para determinar a aceitação das propostas apresentadas. Com o foco em minimizar perdas e otimizar resultados, o cenário continua em evolução, refletindo as tensões e desafios típicos do setor imobiliário no Brasil.

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