Brasil, 19 de maio de 2025
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Chefão do PCC, Tuta, chega ao Brasil e vai para prisão máxima

Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, foi preso na Bolívia e chega ao Brasil para cumprirem pena por crimes de organização criminosa.

No último domingo (18/5), o Brasil recebeu de volta um dos principais líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta. Após ser preso na Bolívia no dia anterior, ele foi transferido para a Penitenciária Federal de Brasília (PFBRA), onde permanecerá em regime de segurança máxima. A prisão de Tuta representa um importante avanço nas ações contra o crime organizado no país.

A captura de Tuta na Bolívia

O chefe do PCC foi detido no sábado (17/5) em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, após tentar renovar seu registro como estrangeiro utilizando documentos falsos. A autoridade boliviana descobriu a fraude e prontamente acionou a Polícia Federal do Brasil, que estava em alerta devido à presença de Tuta na lista de foragidos da Interpol desde 2020.

De acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, após sua detenção, Tuta foi expulso da Bolívia e entregue à Polícia Federal na cidade de Corumbá, no Mato Grosso do Sul.

Segurança máxima e objetivos da pena

A decisão de manter Tuta em um presídio de segurança máxima visa isolar líderes criminosos e indivíduos de alta periculosidade. Esta medida é parte integrante da estratégia do governo para combater o crime organizado no Brasil.

Segundo informações do Ministério de Relações Exteriores, o procedimento de repatriação de Tuta contou com a participação de 50 agentes da Polícia Federal, incluindo operadores do Comando de Operações Táticas (COT). Uma escolta de 18 policiais da Polícia Penal Federal foi designada para garantir a segurança durante o traslado até a penitenciária.

Criminalidade e condenações

Tuta cumpre pena de 12 anos no Brasil por crimes que incluem organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. Investigações apontam que ele atuou ativamente no setor financeiro do PCC, movimentando cerca de R$ 1 bilhão provenientes do tráfico internacional de drogas. Essa operação foi revelada durante a Operação Sharks, conduzida pelo Ministério Público de São Paulo em 2020.

A influência de Tuta no PCC

Considerado uma figura enigmática e influente dentro da facção, Tuta ocupou posições de destaque no PCC, particularmente entre 2020 e 2022, quando chegou a ser considerado o principal líder na organização criminosa. O Metrópoles, em uma de suas colunas, destacou a complexidade da influência dele no crime organizado.

Durante as investigações da Operação Sharks, ficou evidente que Tuta teria até mesmo contatado e feito pagamentos a policiais, um esquema onde R$ 5 milhões foram transferidos a agentes do setor de inteligência da Rota. Parte desse valor foi paga em dinheiro, com uma entrada de R$ 2 milhões, conforme revelado pelos investigadores.

Expectativas para o futuro

A chegada de Tuta ao Brasil e sua consequente prisão marcam um passo significativo na luta contra o crime organizado. A expectativa é que seu confinamento assegure um maior controle sobre as lideranças do PCC e minimize a influência da facção em ações criminosas no Brasil.

Atualmente, o foco das autoridades é garantir que Tuta e outros líderes do PCC permaneçam isolados e que suas operações sejam desmanteladas de forma eficaz. A sociedade observa atentamente essas movimentações, na esperança de uma redução na violência e na criminalidade associada ao tráfico de drogas e outras atividades ilegais.

Com a prisão de Tuta, as forças policiais do Brasil mostram que estão atentas e atuantes contra a criminalidade organizada, um sinal de que haverá um esforço contínuo para desarticular facções criminosas e restabelecer a ordem.

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