Brasil, 18 de maio de 2025
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Justiça atrapalha planos de candidatos ao governo do Rio em 2026

No cenário político carioca, pendências judiciais complicam candidaturas ao governo nas eleições de 2026, afetando estratégias de alianças.

Enquanto se desenham acordos para a construção de candidaturas ao governo do Rio de Janeiro nas eleições de 2026, os principais aspirantes à sucessão de Cláudio Castro enfrentam problemas na Justiça — uma situação que já exigiu mudanças drásticas nos planos eleitorais do atual governador nas eleições de 2022. A luta judicial ainda impacta as candidaturas de Washington Reis (MDB), Rodrigo Bacellar (União) e Thiago Pampolha (MDB), cada um com suas particularidades que influenciam as movimentações no cenário político.

Requisitos jurídicos complicam a situação de Washington Reis

A candidatura de Washington Reis está entre as mais complexas. O ex-prefeito de Duque de Caxias, que governou a cidade por dois mandatos e meio, está enfrentando um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) que o declarou inelegível devido a uma condenação por crime ambiental. Atualmente, o placar está três a um contra Reis, mas o pedido de vista do ministro Gilmar Mendes oferece uma nova oportunidade para a análise do caso. Reis, que agora ocupa o cargo de secretário estadual de Transportes, se declarou candidato: “Sou um cara injustiçado, mas confio na Justiça e no bom senso das pessoas de bem. Sou candidato a governador”, afirmou ele.

O histórico de Reis e sua posição política no segundo maior colégio eleitoral do estado são ativos relevantes, além do seu contato próximo com a família Bolsonaro. Apesar de sua lealdade ao governador Cláudio Castro, Reis está determinado a colocar suas cartas à mesa, sem se limitar a apoiar um eventual projeto de Bacellar.

Os desdobramentos de Rodrigo Bacellar

Rodrigo Bacellar, presidente da Assembleia Legislativa e uma das figuras mais promissoras para a corrida ao governo, também navega em águas turbulentas. O jovem político de 38 anos se destaca não apenas por sua idade, mas pela possibilidade de assumir um papel ainda mais relevante na política do estado. Caso o vice-governador Thiago Pampolha opte por deixar a corrida e ingresse no Tribunal de Contas do Estado (TCE), Bacellar poderá pavimentar sua estrada para 2026, sem o peso de uma concorrência interna.

Ainda assim, os dois políticos enfrentam batalhas judiciais relacionadas à acusação de abuso no poder político e econômico, que está pendente de apreciação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A Procuradoria está tentando cassar os mandatos de Castro, Bacellar e Pampolha, em um processo que busca resolver supostos desvios de quase R$ 1 bilhão em projetos de fundações públicas.

Possíveis mudanças com a escolha de Thiago Pampolha

Thiago Pampolha, que ainda reflete sobre sua candidatura, é visto como um dos principais aliados de Castro. Com 45 anos, sua possível escolha para o TCE pode ser interpretada como um recuo estratégico, considerando a vitaliciedade e a remuneração atrativa do cargo. Pampolha já descartou qualquer relação entre sua possível saída do cargo de vice-governador e pressões sobre sua família, que possui um extenso patrimônio na área de combustível, mas sua decisão sem dúvida altera as dinâmicas eleitorais para 2026.

A ausência de Pampolha na corrida ao governo abre espaço para que Bacellar se fortaleça, porém pode também significar um renascimento dos planos de Reis, dependendo de desdobramentos judiciais. A interdependência entre esses candidatos e seus posicionamentos estratégicos destaca as fraquezas e forças de suas respectivas campanhas.

Desdobramentos e expectativas eleitorais

Com a prisão dirimida de Pampolha, Bacellar agora aparece como uma figura-chave na linha sucessória, criando um cenário competitivo marcado por necessidade de alianças e enfrentamentos diretos. O presidente da Alerj não esconde seu receio de que, apenas no poder, ele possa garantir uma real chance de vencer ao se posicionar contra o prefeito Eduardo Paes (PSD), uma figura proeminente nas eleições municipais. O prazo para que Castro se desincompatibilize do cargo para a disputa ao Senado se aproxima, fazendo com que as especulações sobre sua saída fiquem mais intensas.

Além de Reis, Bacellar e Pampolha, outros candidatos e figuras políticas também estão atentos ao desenrolar dessas questões judiciais e às consequências na formação de alianças para 2026. As eleições podem mudar de rosto dependendo de como a Justiça decidir sobre os recursos e as pendências existentes.

Com esses deslizamentos e mudanças em potencial, o panorama da corrida ao governo do Rio continua em constante evolução, e as decisões futuras poderão redefinir o espaço político do estado.

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