Um caso trágico está em andamento em Ribeirão Preto, SP, envolvendo a morte da professora de pilates Larissa Rodrigues, de 35 anos, que foi envenenada em março deste ano. O Ministério Público investiga se a motivação da suposta ação criminosa está relacionada ao pedido de divórcio feito por Larissa ao médico Luiz Antonio Garnica, seu marido, o que teria desencadeado tensões familiares e a possibilidade de luta por bens.
Depoimentos revelam tensões familiares
O pai de Larissa, Sebastião Rodrigues, em depoimento à Polícia Civil, revelou que Elizabete Arrabaça, sogra de Larissa, implorou para que a filha não se separasse do médico. Segundo Sebastião, Larissa havia descoberto uma traição do marido e, embora a sogra tentasse convencê-la a continuar no relacionamento, Larissa afirmou que não poderia prosseguir sem confiança em Garnica. O clima de animosidade entre as duas era evidente, e Sebastião classificou a sogra como uma pessoa “implicante”.
Além disso, Sebastião relatou que a relação de Larissa e Luiz estava desgastada após 18 anos juntos, especialmente durante o período em que Larissa cuidou de sua mãe, que estava doente. A ausência de Luiz durante este tempo não passou despercebida, e estava evidente a falta de apoio emocional por parte dele, o que afetou o estado de espírito de Larissa.
A última conversa e o pedido de divórcio
Na noite anterior à sua morte, Larissa conversou com seu pai sobre seus planos futuros e manifestou-se otimista, dizendo que iria ao salão e faria bronzeamento. No entanto, ela também havia enviado uma mensagem ao marido para agendar um encontro com um advogado e discutir a separação. A promotoria acredita que esse pedido pode ter motivado uma reação extrema do médico.
A amante do médico
Uma nova testemunha, a amante de Luiz Garnica, prestou depoimento e revelou que ele estava preocupado com a partilha de bens em caso de divórcio. O promotor de Justiça Marcus Túlio Nicolino afirmou que essa informação é crucial na investigação e sugere que Garnica estava, de alguma forma, motivado a “proteger” seu patrimônio.
Morte por envenenamento e investigação criminal
O laudo toxicológico indicando a presença de chumbinho no corpo de Larissa confirma que a causa da morte foi envenenamento. As investigações apontam que ela pode ter sido envenenada progressivamente, possivelmente pela própria sogra, que foi a última pessoa a vê-la viva antes de sua morte. De acordo com o delegado Fernando Bravo, amigos de Larissa relataram que ela se queixou de mal-estar sempre que sua sogra a visitava.
Há ainda a informação de que Elizabete havia feito perguntas prévias a uma testemunha sobre a obtenção de chumbinho, levantando ainda mais suspeitas sobre sua participação no crime. A defesa de Elizabete, no entanto, nega qualquer envolvimento e afirma que a exumação do corpo de Larissa poderá ajudar a esclarecer os fatos.
Repercussão e próximos passos na investigação
O caso de Larissa Rodrigues gerou comoção na comunidade local e atraiu a atenção da mídia. Enquanto isso, o marido e a sogra permanecem presos temporariamente enquanto as investigações continuam. As autoridades policiais enfatizam que a elucidação desse caso é fundamental não apenas para fazer justiça a Larissa, mas também para garantir que possíveis padrões de abuso e manipulação dentro da dinâmica familiar sejam abordados.
O caso continua a evoluir e a comunidade aguarda ansiosamente por mais desenvolvimentos. A busca pela verdade e pela justiça em nome de Larissa está longe de terminar, e a investigação promete trazer à tona novos detalhes que poderão esclarecer este trágico evento.