Brasil, 15 de maio de 2025
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Divergências entre Trump e Lula não afetam apoio dos EUA a empresas brasileiras

Enviado especial dos EUA destaca que tarifas tarifárias são baseadas em dados e não ideologia, e indica espaço para negociação com o Brasil.

No contexto das relações internacionais, divergências políticas entre líderes de nações podem impactar as políticas comerciais. Contudo, o enviado especial para a América Latina do governo Trump, Mauricio Claver-Carone, afirmou nesta quarta-feira que as distintas posturas do presidente dos EUA e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, não interferem na nova política tarifária americana. Suas declarações foram feitas durante o Summit Brazil-USA, realizado em Nova York, um evento que reúne empresários e políticos interessados em estreitar relações econômicas entre os dois países.

A política tarifária americana e Brasil

Durante o summit, Carone enfatizou que a definição das tarifas aplicadas aos produtos de diferentes países resultou de uma visão macroeconômica. “Não é uma visão ideológica”, disse ele, referindo-se ao fato de que o Brasil recebeu uma taxa mínima de 10%, um nível que muitos outros países não alcançaram. O enviado destacou que a avaliação das tarifas foi uma questão matemática, em vez de uma decisão ideológica ligada à posição política do presidente Lula.

O impacto das tarifas

Embora haja uma taxa mínima estabelecida, Carone expressou que há potencial para revisão e diminuição dessas tarifas para produtos brasileiros. “Temos ainda barreiras não tarifárias que gostaríamos de negociar”, afirmou, destacando a disposição do governo dos EUA em buscar um entendimento que possa beneficiar o comércio bilateral. Essas barreiras, segundo ele, precisam ser discutidas de maneira produtiva, sem a interferência de questões ideológicas.

O deslocamento do presidente Lula

Durante sua intervenção, Carone também mencionou a ausência do presidente Lula no evento, ressaltando que ele estava na China, um rival geopolítico dos Estados Unidos. Para Carone, a presença do presidente junto a empresários brasileiros em Nova York, um dos principais investidores no Brasil, seria mais apropriada. “Esse contraste demonstra onde estão as prioridades. Mas é uma escolha”, observou ele, enfatizando o respeito pelas decisões do líder brasileiro. Contudo, ele reafirmou a intenção dos EUA em continuar fortalecendo sua relação com a comunidade empresarial do Brasil.

Futuras negociações

Com a intenção de estimular parcerias comerciais, Carone declarou que o escritório do governo dos EUA está aqui para apoiar as empresas brasileiras e buscar soluções que possam eliminar obstáculos comerciais. Ele ressaltou que a conversa é produtiva e que ambos os lados têm interesse em chegar a um acordo que beneficie a comunidade empresarial dos dois países.

As declarações feitas durante o summit refletem um otimismo cauteloso quanto ao futuro das relações comerciais Brasil-EUA. Apesar das divergências políticas, a base para um diálogo construtivo continua a existir, e as duas nações podem continuar a se beneficiar de um comércio mais aberto e justo.

Conclusão

Em tempos de incertezas políticas, a afirmação de Carone traz um alívio aos empresários brasileiros que buscam estabilidade nas relações comerciais. Com uma disposição para negociações e a disposição em remover barreiras comerciais, o futuro parece promissor para o comércio entre os Estados Unidos e o Brasil, independentemente das diferenças ideológicas que possam existir entre os líderes.

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