Brasil, 15 de maio de 2025
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Rico Melquiades joga “Tigrinho” ao vivo durante CPI das apostas

Influenciador apresenta jogo ao vivo em Senado durante investigação sobre apostas no Brasil.

O influenciador Rico Melquiades chamou a atenção ao realizar uma demonstração ao vivo do “Jogo do Tigrinho” durante seu depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Apostas Esportivas, realizado nesta quarta-feira (14). O evento teve o objetivo de investigar a atuação de plataformas de jogos de azar e a influência de divulgadores, como Melquiades, na promoção dessas práticas no Brasil.

Exibição do jogo no plenário do Senado

A pedido da relatora da CPI, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), a demonstração aconteceu no plenário do Senado e foi transmitida pela TV Senado. Durante a exibição, Rico apostou R$ 4 e, surpreendentemente, teve um retorno de mais de R$ 100. A senadora solicitou que o influenciador mostrasse o funcionamento do jogo para esclarecer como as interações nas redes sociais ocorrem. “Quero ver o senhor jogando. O senhor sempre posta ganhando. Quando a gente joga, quero presenciar isso”, enfatizou Soraya.

A CPI investiga se influenciadores digitais incentivam o público a realizar apostas com promessas de lucros fáceis. A relatora da comissão destacou que muitos dos conteúdos divulgados nas redes sociais mostram apenas os ganhos, sem alertar sobre as possíveis perdas ou os riscos financeiros envolvidos. “Muitos influenciadores fazem vídeos jogando, outros alertam para os riscos”, comentou Thronicke.

Contratos e responsabilidades dos influenciadores

Rico Melquiades, durante o depoimento, confirmou que seu contrato inclui cerca de 15 postagens por mês. Embora nem todas essas postagens estejam relacionadas a apostas ao vivo, ele afirmou que há a exigência de pelo menos dois minutos de jogo em seus conteúdos. “Não existe um script fixo, mas a gente recebe um briefing”, explicou o influenciador, que também reconheceu a necessidade de avisar seus seguidores sobre os perigos das apostas.

Mesmo com esse alerta, Melquiades admitiu que costuma compartilhar momentos em que vence nos jogos, o que gerou críticas de senadores presentes na CPI. Eles consideram essa prática uma forma de seduzir o público, especialmente crianças e adolescentes, com a ilusão de lucros fáceis.

Verificação de identidade e acesso de menores

No decorrer de seu depoimento, a senadora questionou se influenciadores como Melquiades ajudam a burlar as restrições de idade estabelecidas pela legislação. Atualmente, as plataformas de jogos exigem verificação de identidade e idade mínima para uso, mas a CPI investiga se essas medidas têm sido eficazes para impedir que menores de idade acessem esses conteúdos.

Após a demonstração de Melquiades, onde a aposta inicial foi multiplicada em quase 30 vezes, os parlamentares expressaram preocupação com o impacto desse tipo de conteúdo nas audiências mais jovens. Eles alertaram que vídeos assim alimentam a sensação de que qualquer pessoa pode ganhar, atraindo a atenção de crianças e adolescentes para o mundo das apostas.

A CPI das Apostas já está analisando propostas para responsabilizar plataformas e criadores de conteúdo. A proposta é que influenciadores que promovem jogos de azar assumam a responsabilidade pelos impactos de suas ações. Entre as medidas em discussão estão advertências obrigatórias, proibição de acesso a menores e limites nas publicações patrocinadas.

A discussão em torno da regulamentação das apostas por influenciadores digitais se torna cada vez mais relevante à medida que a popularidade desse tipo de conteúdo cresce. Com a CPI das Apostas em andamento, o futuro das apostas esportivas e o papel dos influenciadores na promoção dessa prática estão sob o olhar atento do Congresso Nacional e da sociedade.

Para mais informações, acesse a cobertura completa da CPI das Apostas Esportivas.

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