Brasil, 14 de maio de 2025
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Eleições do PT no Rio expõem racha entre grupos rivais

Divisão interna no PT fluminense reflete disputas nacionais, com candidatos se enfrentando em busca de protagonismo.

As eleições do PT no Rio de Janeiro, que acontecem em julho, revelam uma clara divisão interna que espelha o cenário nacional do partido. Tal como na disputa pela presidência nacional, onde cinco candidatos estão na corrida, o cenário fluminense opõe dois grupos distintos: de um lado, o vice-presidente nacional do PT e atual prefeito de Maricá, Washington Quaquá; do outro, o deputado federal Lindbergh Farias.

Os dois grupos em disputa

O racha no PT local envolve os diretórios estadual e municipal. Quaquá, que já lançou sua chapa em um evento no Circo Voador, anunciou seu nome para a presidência nacional do partido, e indicou seu filho, Diego Zeidan, para liderar o diretório estadual, enquanto Alberes Lima foi nomeado para o diretório municipal. Essa movimentação representa a estratégia de Quaquá em manter influência nas três esferas do partido.

Em contrapartida, um grupo de oposição está articular a candidatura do deputado federal Reimont para a presidência do diretório estadual, que será formalmente apresentada neste sábado. Este grupo inclui figuras significativas do PT fluminense, como Benedita da Silva, o ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) André Ceciliano e a vereadora Tainá de Paula, todos apoiados pelo ex-ministro José Dirceu. Na disputa pela presidência nacional do PT, este grupo apoia o ex-prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva, enquanto Quaquá também busca apoio dentro de sua corrente, a Construindo um Novo Brasil (CNB), onde a disputa interna se torna mais acirrada entre Reimont e Zeidan.

A divisão interna do partido

Entre os dois grupos, a candidatura de Reimont surge como uma resposta ao que seus apoiadores qualificam como “pragmatismo excessivo” do grupo de Quaquá. Um marco significativo desse desgaste foi a defesa pública do prefeito de Maricá em relação a indivíduos investigados por vínculos com o assassinato da vereadora Marielle Franco. Esse episódio provocou uma grande repercussão dentro do partido, especialmente entre aqueles que defendem os direitos humanos e as pautas sociais.

— Nossa candidatura nasce do zero, para reconstruir um PT que dialogue com as periferias, com o interior do estado e que não fique a reboque de interesses de ocasião — afirmou Reimont ao GLOBO. — Quaquá pode vencer na pragmática, pois tem uma prefeitura e militantes que lhe devem cargos ou favores, mas perde no campo ideológico.

Futuro do diretório municipal

Na disputa pelo diretório municipal, o grupo de oposição ainda está em busca de um nome unificado, mas Leonel de Esquerda e Fátima Lima têm se destacado entre os filiados. O objetivo principal dessa ala é impedir a vitória de Alberes Lima, que está alinhado ao grupo de Quaquá.

Com o cenário político em constante transformação, a disputa interna do PT no Rio de Janeiro é um reflexo das tensões e divisões que permeiam a política nacional. À medida que as eleições se aproximam, os holofotes estarão voltados para estas movimentações e as consequências que elas poderão ter para a trajetória do partido no estado e no país.

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