Brasil, 14 de maio de 2025
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Advogado usa disfarce para roubar relógios em Niterói

Um advogado usou uma máscara realista para furtar R$ 80 mil em relógios em um apart-hotel de Niterói; investigações prosseguem.

Um crime que mais parece cena de filme abalou a tranquilidade de Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Um advogado, que foi identificado como Luís Maurício Martins Galda, utilizou um disfarce elaborado para invadir um apart-hotel e furtar 8 relógios avaliados em R$ 80 mil. O ocorrido reverbera questões sobre a segurança em condomínios e a utilização legal de disfarces em atividades ilícitas.

O crime audacioso

No dia 7 de fevereiro, Galda, que é advogado criminalista, conseguiu acessar o luxo do apart-hotel vestido com um terno, luvas, óculos escuros e uma máscara que o tornava careca. As câmeras de segurança revelaram que ele permaneceu com um celular no ouvido, como se estivesse em uma chamada, enquanto se movia com naturalidade pelas áreas restritas do local. Todo o ato criminoso durou cerca de 18 minutos, tempo suficiente para arrombar a porta de um apartamento e levar os valiosos relógios.

A aquisição do disfarce e as investigações

O advogado admitiu em seu depoimento ter comprado a máscara por cerca de R$ 1,8 mil em uma plataforma internacional de e-commerce. Após o crime, para despistar as evidências, ele afirmou que destruiu o objeto em pedaços e descartou no lixo orgânico do prédio. Sua tentativa de eliminar vestígios ficou evidente quando ele disse que apagou sua conta na plataforma e-mails relacionados à compra.

As investigações avançaram depois que a polícia cumpriu um mandado na casa de Galda, onde ele indicou Alexandre Ceotto André como a mente por trás do crime. Alexandre, que já foi candidato a vice-prefeito de Niterói e ocupou cargos no governo estadual, se tornou alvo de buscas subsequentes. A legislação brasileira não possui restrições específicas sobre a venda de máscaras realistas, mas o uso delas para fins criminosos pode resultar em severas penalizações.

Mais sobre a legalidade das máscaras realistas

Ainda que a venda de máscaras realistas seja permitida, seu uso pode ser considerado ilícito se associado a ações criminosas. Especialistas apontam que, em casos como furtos ou fraudes, o autor pode ser acusado de crimes como roubo qualificado e falsidade ideológica. O enquadramento legal se torna possível sempre que houver indícios de que o uso da máscara esteja ligado a práticas que ferem a legislação e a coletividade.

A importação desse tipo de produto, como mascara de silicone realista, também é objeto de vigilância das autoridades, podendo ser fiscalizada pela Receita Federal e Polícia Federal. A combinação da legalidade no comércio com as características do crime em questão levanta um debate acalorado sobre a responsabilidade do comprador e as implicações de suas ações.

A defesa dos envolvidos

A defesa de Luís Maurício Galda revelou que o advogado está cooperando com as autoridades e busca acesso total aos autos do caso para oferecer maiores esclarecimentos. O g1 também está tentando contatar a defesa de Ceotto, que permanece foragido até o momento da publicação desta matéria.

Enquanto os desdobramentos do caso estão em andamento, a sociedade se questiona sobre a eficácia das medidas de segurança nos prédios de alto padrão e a possibilidade de fraudes que podem ocorrer em ambientes considerados seguros.

Reflexões sobre segurança e criminalidade

Casos como este ressaltam a importância de revisar as normas de segurança em condomínios e a necessidade de vigilância constante. Além disso, traz à tona o debate sobre a ética envolvida na compra de produtos que podem ser utilizados para promover crimes. A sociedade precisa de respostas e soluções efetivas para coibir práticas que afetam a segurança e a confiança nos espaços comuns.

Continuaremos acompanhando o caso de perto e reportando novas informações à medida que surgem. A expectativa é que a justiça seja feita e que as medidas corretivas sejam implantadas para prevenir futuras ocorrências de crime nesse âmbito.

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