Brasil, 14 de maio de 2025
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A iminência do voto de Fux no julgamento de Carla Zambelli

A expectativa gira em torno do voto do ministro Luiz Fux no caso de Carla Zambelli, com repercussões políticas e jurídicas significativas.

O julgamento da deputada Carla Zambelli (PL), acusado de envolvimento na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), poderá ter um desfecho impactado pelo voto ainda em aberto do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF). Este momento gera uma intensa expectativa entre os apoiadores da parlamentar, que veem no voto de Fux a esperança de um desfecho mais favorável.

Desdobramentos do Julgamento

Até o momento, quatro dos cinco ministros da Primeira Turma já se manifestaram contra Zambelli, sugerindo uma pena de 10 anos de prisão, além da perda de seu mandato e multa solidária de R$ 2 milhões ao hacker Walter Delgatti, outro réu no caso. Contudo, um desvio no entendimento do ministro Fux poderá atrasar a decisão, permitindo que a deputada ganhe mais tempo para sua defesa.

O processo está sendo deliberado em plenário virtual, com prazo para a manifestação dos votos até sexta-feira (16/5). A expectativa é que Fux peça vista do processo, o que daria um novo tempo para análise, ou destaque, que transferiria o julgamento ao plenário físico, onde todas as decisões poderiam ser reavaliadas.

A esperança dos apoiadores de Zambelli

A expectativa de um voto favorável de Fux se acentuou após sua recente atuação em um caso distinto, onde ele pediu vista e sugeriu uma pena reduzida em outra condenação. Essa postulação favorável à defesa de Débora Rodrigues dos Santos, envolvida em um caso de vandalismo, trouxe à tona uma imagem positiva de Fux entre os conservadores, que agora nutrem esperanças de que ele faça o mesmo no caso de Zambelli.

Os aliados de Zambelli asseguram que a deputada é alvo de um ataque político, alegando a ausência de provas concretas para sua condenação. Em sua defesa, Zambelli já declarou em diversas ocasiões que não houve intenção criminosa de sua parte.

Contexto do julgamento

O julgamento da deputada teve início em 9 de maio e, na sequência, foi aprovado por três ministros da turma do STF, que corroboraram a tese de que houve a invasão dos sistemas judiciais, incluindo a inserção de documentos falsos. Zambelli e Delgatti são acusados de responsabilidade pelas invasões em seis sistemas do Judiciário, colocando em risco a integridade das informações oficiais.

  • A Ação Penal 2428 sustenta que, entre agosto de 2022 e janeiro de 2023, a deputada supostamente coordenou a invasão.
  • O MP apontou que o objetivo era fraudar informações para obter vantagens políticas.
  • Ambos negam as acusações e defendem a inexistência de provas suficientes contra eles.

O discurso de descontentamento

Em resposta à pressão, Zambelli emitiu uma nota expressando seu inconformismo com o resultado preliminar do julgamento, fazendo uma defesa contundente de sua inocência. “Estou sendo vítima de uma perseguição política que atenta não apenas contra minha honra, mas também contra os princípios do Estado de Direito”, declarou a deputada.

Ela argumenta que sua condenação se baseia em uma tentativa de silenciar um discurso político conservador, ressaltando que não existem evidências que sustentem as alegações contrárias.

A expectativa quanto ao desfecho do caso permanece alta, principalmente com a previsão do voto do ministro Fux, cuja decisão poderá reconfigurar a realidade política e judicial da Câmara dos Deputados e, possivelmente, influenciar a opinião pública em relação à figura de Zambelli.

Assim, a questão se torna não apenas um marco para a carreira de Carla Zambelli, mas também uma análise crítica sobre a atuação do Judiciário e das instâncias políticas no Brasil. O julgamento ainda se desenrola, traçando um panorama que pode ser decisivo para o futuro da política conservadora no país.

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