Divaldo Franco, um dos mais renomados médiuns e líderes do espiritismo no Brasil, faleceu na noite de terça-feira, 13 de junho, em sua residência na Mansão do Caminho, localizada no bairro Pau da Lima, em Salvador. Ele tinha 98 anos e morreu em decorrência de falência múltipla de órgãos após um diagnóstico de câncer na bexiga, que foi confirmado em novembro de 2024.
A despedida de um ícone do espiritismo
A confirmação do falecimento de Divaldo foi feita pela própria instituição que ele fundou, a Mansão do Caminho, um centro de acolhimento que promoveu sua dedicação ao próximo durante mais de sete décadas. Na quarta-feira, 14 de junho, as homenagens finais acontecerão das 9h às 20h no ginásio de esportes da instituição. O caixão permanecerá fechado e não haverá cortejo, respeitando o desejo do medium e a situação de saúde pública.
O sepultamento está agendado para quinta-feira, 15 de junho, às 10h, no Cemitério Bosque da Paz, onde amigos, familiares e seguidores se reunirão para prestar suas últimas homenagens.
Detalhes sobre o tratamento de Divaldo
Em novembro do ano passado, Divaldo Franco foi hospitalizado por nove dias no Hospital São Rafael, onde se queixou de desconfortos urinários. O diagnóstico foi de um tumor de bexiga pequeno e localizado. Em 2 de dezembro, iniciou um tratamento que incluía sessões diárias de radioterapia intercaladas com “pequenas doses” de quimioterapia no Hospital Santa Izabel, em Salvador, o que não demandou internações prolongadas.
Durante sua recuperação, Divaldo também contou com acompanhamento de uma equipe de nutricionista, fisioterapeuta e serviços de home care. Apesar de enfrentar desafios relacionados à saúde, uma nota oficial divulgada pelo Centro Espírita Caminho da Redenção e a Mansão do Caminho afirmava, em fevereiro de 2025, que ele se encontrava em casa, com saúde plenamente recuperada e quadro clínico estável.
Um legado transformador
Nascido em 5 de maio de 1927, em Feira de Santana, na Bahia, Divaldo Franco dedicou sua vida ao espiritismo a partir de 1940, quando começou a atuar como médium. Em 1952, ele fundou a Mansão do Caminho, que atualmente abriga escolas, oficinas profissionalizantes e serviços de saúde, impactando a vida de milhares de crianças e famílias em situação de vulnerabilidade social.
Franco, que também era autor de mais de 250 livros, muitos deles psicografados, foi tema de uma biografia escrita por Ana Landi em 2015. Ele era considerado “pai” de cerca de 685 pessoas acolhidas pela instituição, cujo trabalho é reconhecido e admirado ainda hoje.
A importância de Divaldo Franco para a sociedade brasileira
O trabalho de Divaldo Franco se estendeu além das atividades mediúnicas. Ele se tornou um ponto de referência para discussões sobre espiritualidade, filosofia e solidariedade humana. O médium sempre enfatizou a importância do amor ao próximo, da educação e do cuidar do próximo. Suas palestras, que eram frequentemente transmitidas ao vivo, atraíam multidões e inspiravam pessoas de todas as idades e crenças.
Mesmo em um cenário marcado por divisões, Divaldo Franco sempre tentou unir as pessoas em torno de ideais de paz, harmonia e respeito mútuo. Sua partida deixa um vazio na comunidade espírita e na sociedade brasileira, mas seu legado continuará a inspirar gerações futuras.
Um tributo à vida de Divaldo Franco
A morte de Divaldo Franco não é apenas a perda de um médium, mas de um líder espiritual que tocou a vida de muitas pessoas. Seus ensinamentos sobre amor, caridade e perdão permanecem relevantes e continuarão a ser um guia para aqueles que buscam respostas para as questões da vida e da espiritualidade. Enquanto o Brasil se despede de um de seus maiores ícones, fica a esperança de que suas mensagens de amor e compaixão continuem a ressoar e impactar positivamente o mundo.
Como a comunidade espírita e a sociedade brasileira se unem para prestar homenagem a este grande homem, celebramos não apenas sua vida, mas também a missão que ele deixou: um chamado para que todos nós possamos acolher o próximo com amor e compaixão.