Brasil, 14 de maio de 2025
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PT aciona Eduardo Leite na Justiça por documentário sobre enchentes

O líder do PT no Rio Grande do Sul acusa governador de autopromoção em documentário e pede investigação sobre uso de recursos públicos.

O clima político no Rio Grande do Sul esquentou com a recente ação do líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Assembleia Legislativa, Miguel Rossetto. Ele moveu uma ação contra o governador Eduardo Leite, acusando-o de autopromoção por meio de um documentário que retrata as enchentes devastadoras que ocorreram no estado no ano passado. A polêmica gira em torno do filme que, segundo Rossetto, foca mais na imagem do governador do que nas consequências da tragédia que afetou milhares de gaúchos.

Acusações de autopromoção e improbidade administrativa

A representação do PT foi dirigida ao procurador-geral da Justiça do Rio Grande do Sul, Alexandre Saltz, e solicita a suspensão da veiculação do documentário, que atualmente está sendo exibido nos cinemas do estado. Os petistas argumentam que o material, embora apresentado como de interesse social, é, na verdade, uma ferramenta de promoção pessoal do governador, que já se posicionou como pré-candidato à Presidência da República nas eleições de 2026.

De acordo com a representação, os recursos públicos foram utilizados indevidamente para criar um filme que tem mais a ver com a imagem de Eduardo Leite do que com a assistência às vítimas das enchentes. Os parlamentares pedem que Leite seja responsabilizado pessoalmente e que repare os danos causados ao erário estadual. “O que se vê nitidamente é uma peça de publicidade cujo objetivo é promover nacionalmente a imagem do senhor governador”, diz o texto da representação.

Tempo excessivo de exposição do governador no documentário

Um dos pontos destacados pelo PT é que, em um filme de 42 minutos, Eduardo Leite aparece por mais de 9 minutos, o que representa cerca de 21,83% do total da gravação. Essa proporção leva a bancada petista a concluir que o documentário não foca suficientemente na tragédia enfrentada pelos gaúchos, mas sim na participação do governador nos eventos.

O deputado federal Paulo Pimenta, do PT-RS, também criticou a situação e insinuou que as ações de Leite são escandalosas, comparando a produção do documentário ao que teria ocorrido se ele, enquanto ministro da comunicação, tivesse feito algo semelhante sobre suas ações no estado. “Ele só fez isso porque tem certeza da impunidade”, afirmou Pimenta em declaração à coluna.

Defesa da Secretaria Estadual de Comunicação

Em resposta às críticas, a Secretaria Estadual de Comunicação do Rio Grande do Sul defendeu o documentário intitulado “Todos Nós por Todos Nós”. A pasta afirmou que o filme é uma obra de valor histórico, produzida pela própria equipe do governo, e que busca retratar de forma objetiva o impacto das enchentes na vida da população. Segundo a nota, o documentário inclui depoimentos de moradores que vivenciaram a tragédia, além de entrevistas com o governador e outros membros do governo que estiveram diretamente envolvidos na resposta à crise.

A secretaria ainda ressaltou que o documentário integra uma programação especial para marcar um ano da maior tragédia climática da história do Rio Grande do Sul, evidenciando as iniciativas de reconstrução e as ações que visam fortalecer a resiliência do estado.

Próximos passos e possíveis novas medidas

O PT anunciou que, além da ação judicial já em curso, outras medidas estão sendo consideradas contra o governador Eduardo Leite. O clima de tensão entre os partidos, especialmente nas vésperas de um ciclo eleitoral, promete intensificar o debate sobre o uso de recursos públicos e a responsabilidade de governantes em tempos de crise.

Assim, a situação sobre o documentário e a ação do PT contra Leite ilustra o acirramento do cenário político no estado, em que questões de ética, responsabilidade e uso de recursos públicos se tornaram o foco das atenções.

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