Brasil, 13 de maio de 2025
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Virginia Fonseca se defende na CPI das BETs

Influenciadora explica contrato publicitário e nega envolvimento financeiro com apostas de seguidores.

Na última terça-feira (13), a influenciadora digital Virginia Fonseca prestou depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das BETs, surpreendendo a todos com sua aparência mais simples e natural, sem os adornos de sempre. Durante a audiência, Virginia fez questão de esclarecer que seu contrato com a operadora Esportes da Sorte não incluía ganhos decorrentes das apostas de seus seguidores.

O depoimento de Virginia Fonseca

Vestindo um visual despojado e sem maquiagem, Virginia explicou que, devido a cláusulas de confidencialidade, não podia se manifestar anteriormente sobre o contrato que firmou com a empresa. “Na época, eu não pude falar por confidencialidade. Não pude falar e apanhei calada, mas o advogado me instruiu. O que aconteceu foi o seguinte: eu fechei meu contrato com a Esportes da Sorte e esse valor que eles me pagaram, se eu dobrasse o lucro dele, eu receberia 30% a mais da empresa”, esclareceu a influenciadora.

Ela ainda enfatizou que nunca houve um acordo para receber por perdas dos seguidores. “Em momento algum, [receberia] por causa de perdas dos meus seguidores. Meu contrato não tinha isso. Esse valor nunca foi atingido, então eu nunca recebi um real a mais do que o meu contrato de publicidade por 18 meses”, explicou.

Transparência com os seguidores

Virginia, conhecida por sua grande base de fãs nas redes sociais, também se defendia sobre a comunicação com seus seguidores. “Eu sempre deixei tudo claro: parceria paga, tudo certinho”, afirmou, reiterando que se esforçava para sinalizar quando estava promovendo produtos ou serviços relacionados a apostas. Ela argumentou que, em postagens, frequentemente menciona que é proibido para menores de 18 anos participar de apostas. “Quando posto, eu sempre falo que é proibido menor de 18 anos na plataforma e também coloco o emoji que sinaliza isso”, acrescentou.

Repercussão e contexto da CPI das BETs

A CPI das BETs foi criada para investigar práticas e regulamentações envolvendo jogos de apostas online no Brasil, um tema que ganhou destaque devido ao crescimento exponencial desse mercado no país. A presença de influenciadores digitais neste cenário gera combustível para debate, uma vez que muitos deles promovem plataformas de apostas, mas também levantam questões éticas sobre a responsabilidade que têm sobre seus seguidores.

A audiência de Virginia Fonseca atraiu atenção não apenas pela sua notoriedade como influenciadora, mas também pelos fundamentos que trouxe em sua defesa. O depoimento trouxe à tona discussões sobre a clareza e a honestidade nas relações entre influenciadores e seus seguidores, especialmente em um ambiente digital onde os riscos associados a apostas são frequentemente ignorados pelos jovens.

Campeões da integridade digital

São exemplos como o de Virginia que levantam questionamentos sobre a responsabilidade dos criadores de conteúdo ao promover produtos e serviços, especialmente aqueles que podem impactar financeiramente seus seguidores. O depoimento dela poderá influenciar futuras legislações e regulamentações sobre o setor de apostas e como esses contratos devem ser abordados publicamente.

Com o crescimento das plataformas digitais e a influência que figuras públicas têm sobre ações financeiras de seus seguidores, é essencial que haja um entendimento claro entre todos os envolvidos. Este caso específico pode não apenas repercutir na carreira de Virginia Fonseca, mas também definir novos parâmetros para toda uma indústria que busca se estabelecer de forma ética no Brasil.

A CPI das BETs segue com suas investigações e, como indicou o depoimento de Virginia, o foco deve ser em práticas transparentes e responsáveis, garantindo que jovens e adultos estejam cientes dos riscos associados às apostas.

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