Brasil, 13 de maio de 2025
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Homicídios ocultos: Ceará em segundo lugar no ranking de violência

Estudo revela que Ceará é o segundo estado com mais homicídios ocultos, aumentando a cifra total de assassinatos no Brasil.

No Brasil, o número de assassinatos pode ser ainda maior do que os dados oficiais indicam, alerta o Atlas da Violência, divulgado em 12 de junho de 2023 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). O estudo aponta que o Ceará ocupa a segunda posição no ranking de homicídios ocultos, que são considerados as mortes em que o estado não consegue identificar a causa básica, aumentando a preocupação com a segurança pública no estado e no país.

O que são homicídios ocultos?

Os homicídios ocultos são classificados como mortes violentas nas quais não se consegue determinar se a causa foi um homicídio, um suicídio ou um acidente. Este tipo de morte é tecnicamente chamado de Mortes Violentas por Causa Indeterminada (MVCI). O estudo do Ipea destacou que, em 2023, o Brasil registrou 3.755 homicídios a mais do que os números oficiais, indicando que muitos assassinatos não aparecem nas estatísticas por conta da falta de identificação das causas das mortes.

Estatísticas preocupantes no Ceará

Os dados divulgados mostram que os pesquisadores estimam que, se somadas as mortes ocultas, os números de homicídios no Brasil chegariam a 49.502, um acréscimo significativo em comparação com os 45.747 homicídios registrados, o que revela uma realidade alarmante. No Ceará, isso se torna ainda mais evidente. A deterioração na qualidade dos registros de óbitos tem contribuído para que muitos casos de violência não sejam contabilizados adequadamente.

A qualidade dos registros de óbitos

As dificuldades das autoridades em determinar se uma morte é um homicídio, suicídio ou acidente são algumas das principais razões para o alto número de homicídios ocultos. O levantamento revela que, entre 2013 e 2023, o Brasil teve 51.608 homicídios classificados como mortes sem causa determinada, representando 38% do total de mortes violentas no período. Esses dados significam que, se os homicídios ocultos forem somados ao total, o número de assassinatos no Brasil saltaria de 598.399 para 650.007.

A importância de uma análise precisa

As informações do Atlas da Violência trazem à tona a necessidade de um olhar mais apurado sobre a segurança pública no Brasil. A capacidade das autoridades em classificar corretamente as causas das mortes é essencial não apenas para melhorar as estatísticas, mas também para planejar políticas públicas mais efetivas. A falta de informações precisas afeta diretamente as estratégias de combate à violência e à criminalidade, comprometendo a segurança da população.

Conclusão

O cenário de homicídios ocultos no Ceará e no Brasil é alarmante e revela a urgência de se melhorar a qualidade dos registros de óbitos e a transparência nas estatísticas de violência. O aumento no número de homicídios invisíveis evidenciado pelo Atlas da Violência deve ser uma chamada à ação para todos os setores envolvidos na segurança pública. Somente com dados precisos e ações efetivas será possível enfrentar o fenômeno da violência e proteger a vida da população.

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