Brasil, 12 de maio de 2025
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Expectativa de inflação em 2025 sofre nova queda, segundo Focus

A estimativa de inflação para 2025 registra nova redução, enquanto Selic e PIB permanecem estáveis.

A mais recente edição do boletim Focus, divulgada nesta segunda-feira (12) pelo Banco Central, apresentou uma nova queda na expectativa de inflação para 2025. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 5,53% na semana passada para 5,51% nesta terceira semana de maio. Esta é a quarta queda consecutiva nas previsões do mercado financeiro, refletindo um otimismo cauteloso com a economia brasileira.

Queda da inflação e suas implicações

Os analistas apontam que a redução na expectativa de inflação pode ter impactos diretos sobre as decisões de política monetária do Banco Central e, consequentemente, sobre a vida financeira dos brasileiros. O IPCA, que mede a variação média dos preços de um conjunto de bens e serviços consumidos pelas famílias com renda entre um e 40 salários mínimos, está em constante monitoramento devido à sua importância na economia.

Para 2026, a previsão de inflação também é idêntica, apresentando uma leve redução de 4,51% para 4,50%. De forma estável, as projeções para 2027 e 2028 se mantêm em 4% e 3,80%, respectivamente. Economistas acreditam que a melhora nas expectativas de inflação pode resultar em um ambiente econômico mais estável, permitindo maior crescimento.

Selic: mantenedora das expectativas

Apesar da expectativa de queda da inflação, os analistas do mercado financeiro não esperam alterações na taxa Selic, que permanece em 14,75% ao ano. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a taxa foi elevada em 0,5 ponto percentual. A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 17 e 18 de junho, e a expectativa é que a taxa de referência da política monetária se mantenha neste patamar até o final de 2025.

A previsão para os anos seguintes é de que a Selic continue sua trajetória descendente, encerrando 2026 em 12,50%, e mantendo-se em 10,50% e 10% para 2027 e 2028, respectivamente. Esse cenário de juros mais altos por um período prolongado pode impactar os investimentos e o consumo das famílias.

Perspectivas para o PIB do Brasil

As expectativas para o Produto Interno Bruto (PIB) também são relevantes neste contexto. A análise econômica sugere que o ano de 2025 deve fechar com um crescimento de 2%, mantendo a mesma previsão da semana anterior. Em 2024, o PIB do Brasil registrou um crescimento significativo de 3,4% em relação a 2023, alcançando R$ 11,7 trilhões. Esse aumento representa o maior crescimento anual desde 2021, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As projeções para o PIB em anos subsequentes se mantêm inalteradas, com 1,7% em 2026 e 2% em 2027 e 2028, o que indica uma resiliência na economia brasileira, mesmo em um panorama global desafiador.

Expectativas para o câmbio

Por fim, a previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar também mostra alterações. A expectativa para o final de 2025 caiu de US$ 5,86 para US$ 5,85. Para 2026, a previsão é de que o dólar atinja US$ 5,90, enquanto para 2027 e 2028 a expectativa é que a moeda norte-americana estabilize em US$ 5,80 e US$ 5,82, respectivamente.

Esses ajustes nas previsões econômicas ilustram uma complexidade nas dinâmicas financeiras do Brasil. Embora a expectativa de queda na inflação seja um sinal positivo, a estabilidade da Selic e as taxas de crescimento do PIB refletem um panorama que demanda atenção redobrada por parte dos formuladores de políticas e da população.

As análises apresentadas pelo boletim Focus são fundamentais para compreender a saúde econômica do país e seu potencial de crescimento em um cenário global cada vez mais incerto. Acompanhar essas mudanças é essencial para quem deseja entender e se preparar para as futuras movimentações do mercado.

Fonte: Agência Brasil

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