As exportações brasileiras de ovos aumentaram 271% em abril, somando um total surpreendente de 4,3 mil toneladas. O levantamento realizado pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) revela que os principais destinos da proteína foram os Estados Unidos e o Japão, ressaltando o sucesso do Brasil no mercado internacional. Este crescimento expressivo não apenas impulsiona a economia nacional, mas também reflete a confiança que o produto brasileiro conquistou em mercados exigentes e rigorosos.
Comparativo com o ano anterior
Em comparação ao mesmo período de 2024, o Brasil viu um aumento considerável nas suas exportações, com 3,13 mil toneladas a mais em relação ao volume registrado no ano anterior, que foi de apenas 1,17 mil toneladas. Esse crescimento estratégico em um cenário global competitivo demonstra a capacidade do setor de se adaptar e expandir mesmo durante momentos desafiadores.
Resultados financeiros das exportações
No que diz respeito à receita, as exportações de ovos do Brasil resultaram em uma receita de US$ 10,57 milhões, representando um avanço impressionante de 252,9% em comparação ao mesmo período do ano passado, quando as receitas totalizaram apenas US$ 2,99 milhões. No total, as exportações acumuladas nos primeiros quatro meses de 2025 alcançam 13 mil toneladas, uma alta de 133,8%, com uma receita total de US$ 28,3 milhões no mesmo período. Esse crescimento robusto ressalta a importância das exportações de ovos para a economia brasileira.
A crônica das oscilações no preço do ovo
- O preço do ovo de galinha engatou um ciclo de altas nos primeiros meses deste ano, especialmente em fevereiro, quando a da proteína subiu 15,39%.
- Até o momento, o preço do ovo acumula uma alta de 30,01%. Entretanto, em abril, os preços apresentaram uma leve queda de 1,29%.
- Para amenizar a elevação nos preços, o governo federal aposta na queda do dólar e em uma “supersafra” prevista para 2025.
- A inflação acumulada nos últimos 12 meses é de 5,53%, com o grupo Alimentação e Bebidas subindo 0,82% em fevereiro.
- Vale destacar que a inflação de alimentos saltou de -0,5% em 2023 para 8,2% em 2024.
ABPA reforça a presença em novos mercados
Ricardo Santin, presidente da ABPA, destacou que abril manteve o “ritmo positivo” das exportações de ovos, enfatizando a ampliação da presença do produto brasileiro em mercados de alto valor e rigor sanitário. “A ampliação das vendas para os Estados Unidos e o Japão, por exemplo, reforça a confiança internacional na qualidade e na segurança da nossa produção”, declarou Santin.
Os Estados Unidos lideraram as importações de ovos brasileiros, com 2,8 mil toneladas embarcadas e uma receita de US$ 6,3 milhões. Logo em seguida, o Japão também se destacou, importando 371 toneladas e gerando uma receita de US$ 777 mil. Esse desempenho positivo demonstra o potencial do Brasil para atender a uma demanda crescente por produtos de qualidade.
Outros destinos importantes
Além dos líderes de importação, outros países também contribuíram para o crescimento das exportações brasileiras de ovos. O México, por exemplo, retomou sua posição entre os principais compradores, importando 242 toneladas. O Chile, por outro lado, registrou uma queda de 11,7% com 638 toneladas e receita de US$ 1,58 milhão, enquanto o Uruguai, com 83 toneladas e uma impressionante alta de 18,6%, teve uma receita de US$ 406 mil, representando um crescimento de 61,6%.
- A União Europeia importou 22 toneladas, registrado um aumento de 64% e receita de US$ 30 mil.
- A Libéria também integrou a lista de destinos, importando 15 toneladas, o que representa uma alta de 36,7% e receita de US$ 40 mil.
- Além disso, as Ilhas Marshall e Aruba apareceram como novos mercados potenciais.
O presidente da ABPA finalizou afirmando que o setor está monitorando uma “recomposição estratégica da pauta exportadora”. Segundo ele, esse movimento de diversificação dos embarques abre caminho para a consolidação de fluxos duradouros e promissores para o futuro do mercado de ovos no Brasil.
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