O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou nesta segunda-feira que fará de tudo para que o governo cumpra as metas estabelecidas no arcabouço fiscal. Ele ressaltou a importância de um esforço contínuo para acomodar as variáveis econômicas e atingir um crescimento médio de 3% ao ano até o final do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2026. A declaração foi dada em uma entrevista ao UOL onde Haddad foi questionado sobre novos ajustes fiscais.
Compromisso com as metas fiscais
Durante a entrevista, Haddad enfatizou sua determinação em assegurar que o Brasil consiga alcançar as metas fiscais previamente definidas. “Eu vou fazer tudo que for necessário para cumprir as metas estabelecidas pelo governo”, disse o ministro, afirmando que as condições econômicas devem se acomodar em níveis que favoreçam o crescimento sustentável do país.
A taxa de juros e o crescimento econômico
Ao abordar a situação econômica atual, Haddad destacou a taxa básica de juros praticada no Brasil. Ele considerou o atual patamar de 14,75% ao ano como “altíssimo”, o que impacta diretamente a dinâmica econômica. Apesar dos altos juros, o ministro acredita que o Brasil pode atingir uma taxa de crescimento de cerca de 2,5% este ano. “Eu penso que esse ano, mesmo com juro alto, vamos crescer em torno de 2,5%”, previu.
Projeções de crescimento até 2026
Além das preocupações com a taxa de juros, Haddad expressou otimismo em relação ao crescimento econômico ao longo do mandato de Lula. Ele acredita que, somando ganhos econômicos dos anos seguintes, será viável concluir o mandato com uma taxa média de crescimento de 3%. “O que domesticamente precisa ser feito é cumprir as metas fiscais e o trabalho do Banco Central. Você não vai corrigir a inflação por outro caminho”, acrescentou.
A inflação como preocupação central
A inflação continua sendo uma preocupação central para o governo, e Haddad reiterou que sua resolução está atrelada ao cumprimento rigoroso das metas fiscais. Segundo o ministro, o Banco Central desempenha um papel fundamental na contenção da alta dos preços. “A inflação só pode ser resolvida por meio do cumprimento das metas fiscais pelo governo”, destacou Haddad.
A importância da responsabilidade fiscal
Haddad salientou que a responsabilidade fiscal é uma condição indispensável para assegurar a estabilidade econômica do país. Ele destaca que sem o rigor fiscal e a atuação do Banco Central, o enfrentamento da inflação se torna um desafio ainda maior. “Não existe outro caminho do ponto de vista macroeconômico”, enfatizou o ministro, reforçando a necessidade de um compromisso sério das instituições governamentais com as diretrizes estabelecidas para o equilíbrio das contas.
Reflexões finais
Conforme o Brasil enfrenta tempos de incerteza econômica, a determinação do ministro da Fazenda pode ser um indicativo de uma abordagem proativa para lidar com os desafios atuais. A expectativa de crescimento sustentado e a ênfase nas metas fiscais são passos necessários para que o país possa se recuperar e prosperar nos próximos anos.
O compromisso de Haddad com as metas fiscais é um sinal da intenção do governo em não apenas estabilizar a economia, mas também fomentar um ambiente propício para a geração de empregos e o bem-estar da população brasileira. O acompanhamento rigoroso de sua implementação será vital para avaliar a eficácia dessas medidas e seu impacto em longo prazo.