Brasil, 12 de maio de 2025
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Haddad defende a CGU na investigação de fraudes do INSS

Ministro da Fazenda elogia atuação da Controladoria e critica críticas à falta de alertas sobre fraudes.

Na última segunda-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou seu apoio à atuação da Controladoria-Geral da União (CGU) nas investigações relacionadas às fraudes envolvendo descontos em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Durante uma entrevista ao UOL, Haddad destacou a importância da CGU em encaminhar o caso para a Polícia Federal (PF), reconhecendo a necessidade de uma abordagem adequada diante de tais irregularidades.

Resposta às críticas sobre a lentidão do governo

Durante a entrevista, Haddad foi questionado se o governo demorou a agir nas investigações das fraudes no INSS. Ele fez uma comparação com sua experiência anterior como prefeito de São Paulo, quando, ao assumir o cargo, foi alertado sobre um escândalo municipal envolvendo o INSS. Na ocasião, a decisão foi encaminhar as investigações para as autoridades competentes, uma medida que, segundo ele, foi novamente aplicada pelo governo federal em 2023.

“Acho que o controlador agiu corretamente ao entregar o caso para a Polícia Federal, porque a PF possui a experiência e os procedimentos adequados para investigar e punir os responsáveis,” afirmou Haddad. Essa defesa da CGU surge em meio a um cenário de críticas, especialmente do ministro da Casa Civil, Rui Costa, que, em entrevista ao GLOBO, argumentou que o governo perdeu uma oportunidade de agir de forma mais rápida e eficaz. Segundo Rui, a CGU deveria ter feito alertas prévios desde o início das apurações.

Divisão de responsabilidades entre CGU e PF

Rui Costa afirmou que a atuação da Polícia Federal é focada em apurar práticas criminosas, ressaltando que é responsabilidade da Controladoria-Geral garantir ações preventivas. Ele expressou sua preocupação de que a condução tardia das investigações tenha permitido que mais pessoas fossem prejudicadas pelas fraudes no INSS nos últimos dois anos. “O papel da Polícia Federal não é avisar nada a ninguém, mas sim investigar e apurar atos criminosos. Já a função de qualquer Controladoria deveria ser preventiva, e não corretiva ou punitiva,” disse Costa.

Em resposta às críticas, Haddad saiu em defesa do trabalho do ministro Vinicius Carvalho à frente da CGU, elogiando sua capacidade e reafirmando sua confiança nas ações da Controladoria e da Polícia Federal. “Eu não estou aqui querendo julgar, porque confio muito no trabalho da CGU e conheço a alta capacidade do ministro Vinícius. Também confio na PF, que tem realizado um excelente trabalho no Brasil,” afirmou o ministro da Fazenda.

A importância da transparência e da prontidão nas investigações

O debate sobre a atuação da CGU e da PF chega em um momento crítico, considerando a relevância das fraudes que comprometem o sistema previdenciário. A experiência acumulada por ambos os órgãos é fundamental para enfrentar tais irregularidades e prevenir novos casos de desvio de recursos públicos. A transparência nas investigações e a agilidade nas respostas são fatores cruciais para restaurar a confiança pública nas instituições responsáveis pela fiscalização e proteção do bem-estar social.

Em um clima de expectativa, fica a pergunta sobre qual será o próximo passo do governo federal diante dessa situação. Com a pressão tomando corpo, será necessário que a administração federal tome providências eficazes para não apenas investigar, mas também para prevenir novas fraudes que possam impactar o INSS e a população que dele depende.

Enquanto isso, a sociedade aguarda por um desfecho que não apenas resolva as denúncias, mas que também garanta maior segurança e integridade ao sistema previdenciário, assegurando que os direitos dos aposentados e pensionistas sejam protegidos de fraudes que podem prejudicar a todos.

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