Brasil, 12 de maio de 2025
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Guerra comercial entre EUA e China: trégua traz otimismo aos mercados

No cenário global, a trégua na guerra comercial entre EUA e China gera esperança e impactos nos mercados financeiros.

A recente trégua na guerra comercial entre os Estados Unidos e a China trouxe um sopro de otimismo nos mercados financeiros globais. Após o anúncio das reduções nas tarifas comerciais, ações na Ásia e na Europa começaram a subir. Além disso, os futuros das bolsas americanas também apresentaram alta, enquanto o preço do petróleo se valorizou em um cenário que sugere um crescimento econômico mais robusto.

O impacto da trégua nos mercados mundiais

Com o anúncio das mudanças nas tarifas, que reduzirão as tarifas dos EUA sobre a maioria das importações chinesas de 145% para 30%, o clima nos mercados financeiros melhorou significativamente. A valorização das ações foi notável: os contratos futuros atrelados ao S&P 500 subiram 3%, enquanto o Nasdaq 100 teve um aumento ainda maior, de 3,8%, logo nas primeiras horas após o anúncio. Na Ásia, o índice Hang Seng em Hong Kong também registrou um crescimento de aproximadamente 3,3%.

A reação dos mercados reflete a expectativa de uma melhoria nas relações comerciais entre as duas potências. O índice DXY, que mede o valor do dólar em relação a outras moedas, também se fortaleceu, enquanto o yuan offshore valorizou cerca de 0,5%, indicando uma recuperação na confiança do mercado.

Redução das tarifas e seus efeitos

Além das tarifas dos EUA, as medidas anunciadas também incluem uma redução significativa nas tarifas impostas pela China sobre produtos norte-americanos, que cairão de 125% para 10%. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que ambas as partes estão comprometidas em evitar um desacoplamento econômico e estão abertas a discussões produtivas sobre o fentanil e potenciais acordos de compra.

Acordos futuros e perspectivas econômicas

O anúncio da trégua representa um passo importante para a desescalada das tensões comerciais que afetaram significativamente o comércio bilateral nos últimos anos. Os dois países já haviam sinalizado progressos nas negociações, o que ajudou a elevar os mercados e a animar investidores.

O comunicado emitido pelas autoridades americanas também indica que um mecanismo será estabelecido para continuar as discussões sobre as relações econômicas e comerciais. A China manifestou seu desejo de desenvolver relações com base no respeito mútuo e continua a considerar que impor pressões e ameaças não é a solução para os problemas comerciais.

Desafios futuros na relação EUA-China

Entretanto, enquanto os mercados reagiram positivamente às notícias, a realidade das negociações pode ser mais complexa. O histórico recente mostra que acordos comerciais podem demorar a se concretizar. Em 2018, as potências haviam concordado em pausar a disputa, mas uma reversão nas negociações levou a um prolongamento das tarifas comerciais, resultando no chamado “acordo de Fase Um” em janeiro de 2020. Contudo, esse acordo não foi completamente cumprido pela China, e o déficit comercial dos EUA com a China aumentou durante a pandemia, intensificando a atual guerra comercial.

Mesmo com o otimismo gerado pela trégua, os investidores e analistas permanecem céticos quanto à eficácia a longo prazo do acordo que está sendo moldado. Em um mundo globalizado, onde a dependência econômica é evidente, um acordo sustentável se torna essencial não apenas para os dois países, mas para a estabilidade econômica mundial.

À medida que a situação continua a se desenrolar, todas as partes envolvidas devem permanecer atentas e proativas, buscando um equilíbrio que permita um comércio mais justo e equilibrado, evitando retrocessos que possam comprometer as conquistas já alcançadas.

Com essas considerações, o futuro da relação comercial entre EUA e China continuará sendo um tema de intenso acompanhamento, não apenas por suas implicações diretas para a economia, mas também por seu impacto nas dinâmicas globais de mercado.

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