A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga um caso sério de agressão em uma escola particular localizada em Águas Claras, onde um adolescente de apenas 15 anos foi golpeado por um colega, resultando em internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O incidente ocorreu na última quarta-feira (7) e, até o momento, traz à tona uma série de questões sobre segurança e convivência no ambiente escolar.
O ataque e suas consequências
De acordo com relatos, a agressão aconteceu durante a troca de professores no Colégio Objetivo. Em um desentendimento, o estudante agredido levou um soco na barriga, desferido por um colega, que, segundo informações da mãe da vítima, teria agido em resposta a uma discussão. A escola informou que o jovem agressor tentou defender uma outra aluna que teria sido importunada.
Após a agressão, o adolescente agredido percebeu coágulos de sangue na urina e foi imediatamente levado ao Hospital Anchieta, onde os médicos diagnosticaram um trauma de grau 3 no rim. Ele segue internado na UTI, sob monitoramento rigoroso, enquanto a possibilidade de cirurgia foi descartada devido ao alto risco envolvido. Os médicos agora tentam reverter a situação através de tratamentos alternativos.
Apreensão do adolescente suspeito
O jovem que supostamente agrediu o colega foi apreendido pela Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA 2) na sexta-feira (9), mas não por conta da agressão na escola. Segundo a polícia, ele já estava sendo investigado por um outro ato infracional, o qual envolvia a participação em uma tentativa de latrocínio, onde um celular foi roubado e uma das vítimas foi ferida com uma faca.
A escola se defendeu, ressaltando que o ato infracional mencionado não ocorreu dentro de suas dependências e afirmando que o outro jovem envolvido não era aluno da instituição. O Colégio Objetivo enfatizou que já tomou medidas pedagógicas, incluindo a transferências do estudante responsável pela agressão, além de estar em contato com a família da vítima e o Conselho Tutelar.
Reações e reflexão sobre segurança escolar
O advogado da família da vítima expressou indignação com a situação, afirmando que é inadmissível que um aluno tenha sido submetido a tal violência dentro de uma escola, um espaço que deveria garantir segurança e proteção. A família do adolescente ferido disse que ele não retornará à escola devido ao medo de retaliações.
Diante deste cenário, o caso levanta um debate sobre a segurança nas instituições de ensino e a necessidade de ambientes mais seguros para alunos e educadores. O Colégio Objetivo, em nota, declarou que reforçará as ações pedagógicas voltadas à promoção da empatia, respeito e convivência pacífica entre os estudantes.
Recentemente, a Vara da Infância e da Juventude determinou a internação provisória do adolescente autor da agressão por um período de 45 dias, enquanto se aguarda uma audiência de custódia que decidirá sobre sua situação.
Os desdobramentos deste incidente trágico refletem um problema mais amplo nas escolas, onde a convivência pacífica e o respeito mútuo devem ser prioritários. O que se espera agora é que as instituições tomem providências efetivas para evitar que situações semelhantes voltem a ocorrer.
O caso continua em investigação pela PCDF, e novas informações deverão ser divulgadas à medida que o processo avançar.
Para mais atualizações sobre este caso e outros acontecimentos na região, fique atento às publicações do G1 DF.