Brasil, 12 de maio de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Modelo denuncia golpe de mais de R$ 100 mil após cancelamento de concurso

Um grupo de 16 modelos relata ter sido vítima de um golpe milionário após a suspensão do Concurso de Miss Goiás 2025.

Goiânia – Um grupo de 16 mulheres, todas modelos, denunciou por meio das redes sociais que foi vítima de um golpe após o cancelamento do Concurso de Miss Goiás 2025, com um prejuízo que ultrapassa os R$ 100 mil. A situação se agravou quando as participantes, que investiram valores altos em inscrições e taxas, se depararam com a suspensão do evento de maneira abrupta.

Denúncia e prejuízos

De acordo com as modelos, a inscrição no concurso tinha um custo de R$ 1,5 mil, além de outras tarifas e despesas que incluíam até procedimentos estéticos. Apesar da promessa de um formato de reality show para o concurso, as modelos tiveram a atração cancelada sem aviso prévio e sem a devolução dos valores pagos, conforme relataram nas redes sociais.

A denúncia ocorreu na última terça-feira (6/5) e chamou a atenção para a vulnerabilidade de aspirantes a modelos, muitas das quais depositaram suas esperanças de carreira no evento.

O concurso funcionou por cerca de quatro dias em uma plataforma que permitia que o público votasse nas candidatas, com cada voto custando R$ 2. As modelos eram incentivadas a divulgar a plataforma em suas redes sociais, o que implicava ainda mais em investimentos pessoais.

“Contagem regressiva iniciada! De 04 a 07 de maio, o Miss Goiás 2025 promete surpreender com um novo formato: um verdadeiro reality show de beleza, superação e emoção!”, afirmava uma das publicações da organização nas redes sociais, instigando a participação do público.

Motivos do cancelamento

As participantes afirmam que a organização do concurso justificou o cancelamento alegando motivos de força maior, além de dificuldades em firmar parcerias com órgãos públicos. Contudo, rapidamente após a comunicação do cancelamento, os responsáveis pelo evento desapareceram e não atenderam mais às chamadas das modelos.

A modelo Theylla Kaline, de 26 anos, relatou ao Metrópoles que, após o boom de notícias sobre o caso, os valores referentes aos votos foram devolvidos, mas o montante investido em inscrições e taxas ainda não foi restituído. “Tive um prejuízo de cerca de R$ 5 mil, com roupas, patrocinadores e procedimentos. A confiança foi quebrada”, desabafou.

“Ser miss sempre foi o meu sonho. Estou me sentindo enganada, frustrada e profundamente decepcionada.”

Registro policial e desdobramentos

Um registro oficial da denúncia foi feito na 13ª Delegacia de Polícia, onde as modelos compareceram acompanhadas de um advogado. No entanto, a Polícia Civil informou que para investigar um possível estelionato é necessária a apresentação de documentos comprovativos e a assinatura de uma representação formal, o que pode imposibilitar a ação criminal direta. O delegado Emerson Oliveira mencionou que, na ausência de um contrato formal entre a organização do evento e as participantes, o caso pode ser direcionado à esfera cível, onde as modelos podem reivindicar reparação por danos.

Em nota, a organização do evento reiterou: “Após mais de 25 anos à frente da realização deste evento, esta será a primeira vez que não será realizado, devido à falta de apoio e dificuldades em parcerias.”

Com as repercussões do caso crescendo nas redes sociais, as modelos esperam que esse relato impeça futuras fraudes e proteja novas candidatas a concursos de beleza em Goiás e em todo o Brasil. Muitos veem a necessidade de regulamentação e maior responsabilidade dos organizadores na realização de eventos desse tipo, especialmente considerando os impactos emocionais e financeiros que enganam as participantes.

Para mais informações e atualizações sobre o caso, fique atento às nossas plataformas de notícias.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes