Com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), fora do país, a semana deve ser esvaziada no Congresso Nacional. A Câmara não terá sessões em plenário, com as comissões funcionando em esquema semi-presencial, permitindo que os parlamentares permaneçam em suas bases eleitorais e votem projetos de forma remota.
A agendas de Motta e Alcolumbre
Motta participará de um fórum em Nova Iorque, nos Estados Unidos, onde deve ser acompanhado por outros parlamentares e governadores. Enquanto isso, Alcolumbre acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma viagem à China. O senador está fora desde a semana passada, quando também integrou a comitiva presidencial na Rússia.
Expectativas para a semana no Congresso
Sem sessões deliberativas no plenário da Câmara, a expectativa é que os corredores do Congresso fiquem vazios, com os parlamentares buscando cumprir suas agendas regionais. Este recesso informal ocorre após dias de intenso esforço legislativo e em meio à pressão para que Motta tome uma posição em relação à recente votação do Supremo Tribunal Federal (STF) que reviu a suspensão da ação penal do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), que é réu por sua suposta participação em uma trama golpista.
Movimento no Senado
No Senado, a previsão é de algum movimento na quinta-feira, quando a Comissão de Fiscalização e Controle deve ouvir o novo ministro da Previdência, Wolney Queiroz, a respeito das fraudes no INSS. A estimativa é de que mais de R$ 6 bilhões tenham sido descontados indevidamente de aposentados e pensionistas. Wolney deve ser questionado sobre a conduta do ministério diante desse escândalo, já que, na época das fraudes, ele era o número dois da Previdência Social sob o comando do ex-ministro Carlos Lupi (PDT).
Pressão e desafios para o retorno
Ao retornar, tanto Motta quanto Alcolumbre enfrentarão a pressão da base aliada e da oposição sobre questões prioritárias, como a votação de propostas importantes que estão paradas. Além disso, o impacto das recentes decisões do STF e as repercussões das fraudes no INSS podem gerar pautas quentes que exigem uma resposta rápida do Legislativo.
Portanto, essa semana sem sessões em plenário pode ser vista como um período de respiro, mas também de preparação para os desafios que virão. Enquanto os parlamentares aproveitam a oportunidade para estarem mais próximos de suas bases, a população aguarda com ansiedade por respostas e soluções para questões que afetam diretamente a vida dos brasileiros.
Conclusão
Em suma, a ausência dos presidentes da Câmara e do Senado deve resultará em uma semana pouco movimentada no Congresso, mas com a votação remota liberada, os parlamentares terão a chance de garantir que propostas importantes continuem avançando, mesmo à distância. As repercussões dessas ausências e a capacidade de se reconectar com as demandas locais serão testes cruciais para a sobrevivência política de muitos deles nos próximos meses.