Bianca Cerqueira Faria, que desapareceu em Salvador (BA) quando tinha apenas 14 anos, teve seu caso reaberto com a união de tecnologia e inovação social. Desde o dia 2 de janeiro de 2005, sua família vive um pesadelo, aguardando notícias de seu paradeiro. Hoje, aos 34 anos, a mãe e o irmão de Bianca têm suas esperanças renovadas por meio do projeto “Desaparecidos”, uma iniciativa que visa expor a imagem de pessoas desaparecidas em embalagens de leite.
O projeto “Desaparecidos” e suas inovações
O projeto “Desaparecidos”, desenvolvido pelo grupo Piracanjuba, começou em outubro de 2024 e consiste na estampa de fotos de pessoas desaparecidas em caixas de leite, um espaço inovador para dar visibilidade a esses casos. Nos primeiros meses, 19 fotos foram lançadas. Contrariando o conceito tradicional de busca, que muitas vezes se limita a cartazes em postes ou publicações em redes sociais, essa iniciativa marca um avanço significativo na forma como os desaparecidos são homenageados e a busca por eles é promovida.
A partir de março de 2025, mais 50 fotos foram incluídas nas embalagens de leite líquido e em pó da marca, além da parceria com a LeitBom. Bianca será a primeira baiana a ter sua imagem exposta, com a previsão de que sua foto comece a circular em junho. Essa abordagem não só traz esperança à família de Bianca, mas também traz à tona uma questão social relevante: o desaparecimento de pessoas e as dificuldades enfrentadas por suas famílias.
O impacto da inteligência artificial na busca por desaparecidos
Com o avanço da inteligência artificial, as técnicas de busca por pessoas desaparecidas estão se tornando mais sofisticadas. O uso de imagens e informações biométricas pode ser uma ferramenta poderosa, auxiliando as autoridades e as famílias na busca por seus entes queridos. Tendo em vista o histórico longa de Bianca Cerqueira Faria e tantas outras pessoas desaparecidas, essa tecnologia oferece uma luz no fim do túnel.
Testemunhos da família de Bianca
Diego Ângelo, irmão de Bianca, expressou sua esperança de que a divulgação da imagem da irmã possa levar a pistas que ajudem a resolver esse caso que parece não ter fim. “A tecnologia sempre esteve a nosso favor, e agora contamos com um meio inovador que pode ajudar outras pessoas a encontrarem seus entes queridos,” disse Diego em uma recente entrevista.
A mãe de Bianca também está esperançosa. “Todos os dias, eu faço orações. Essa nova abordagem é interessante, e torço para que traga mais atenção ao caso da minha filha e de tantos outros”, compartilhou ela, com a emoção visível em suas palavras. A união de esforço civil e inovação tecnológica oferece um ânimo renovado para todos aqueles que, como Bianca, viveram um desaparecimento sem resposta.
Histórias de esperança e luta
A história de Bianca se une à de muitas outras pessoas que desapareceram no Brasil e que estão sendo apoiadas por esse projeto. A eficácia da proposta de um projeto como esse é medida não apenas pela quantidade de fotos que são estampadas, mas também pelo retorno emocional e social que proporciona. A iniciativa abre um canal de diálogo entre a sociedade e as questões que giram em torno do desaparecimento de pessoas, um tema que muitos preferem ignorar.
A comunidade se mobiliza
A adesão da comunidade tem sido fundamental, com pessoas ajudando na divulgação e expondo suas histórias, tornando-se vozes ativas na luta por Justiça. As redes sociais também desempenham um papel importante na interação entre as famílias de pessoas desaparecidas, criando um espaço para o compartilhamento de experiências e informações.
O projeto “Desaparecidos” não representa apenas um recurso visual, mas sim um movimento social que busca resgatar vidas e dar voz a histórias que precisam ser contadas. Para as centenas de famílias que convivem com a angústia do desaparecimento, a esperança continua viva.
Para mais informações sobre Bianca e o projeto, você pode acessar a reportagem completa no Correio 24 Horas, parceiro do Metrópoles.
