Brasil, 12 de maio de 2025
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Cresce o número de recém-nascidos registrados apenas com duas mães

Dados revelam aumento no registro de crianças com duas mães entre 2020 e 2024.

O Brasil tem vivenciado uma transformação significativa em suas estruturas familiares, refletida no aumento do número de recém-nascidos registrados somente com duas mães. Entre 2020 e 2024, o registro de crianças com duas mães cresceu de 1.167 para 1.351, uma ascensão notável que representa um avanço nas questões de reconhecimento e igualdade no registro civil. Até o momento, em 2025, já foram registrados 379 casos, e a expectativa é de que esse número aumente até o final do ano.

A evolução dos registros de recém-nascidos

Esse crescimento nos registros é um sinal da mudança cultural que está ocorrendo no Brasil, onde mais famílias homoafetivas estão buscando o reconhecimento legal de seus filhos. O que antes era uma realidade invisível, agora está sendo visibilizado, e isso reflete a luta por igualdade e representatividade. O reconhecimento da dupla maternidade é um avanço legal que se alinha com os princípios de igualdade consagrados na Constituição brasileira.

O papel das associações na mudança de cenário

Segundo a associação que divulgou os dados, esse aumento não é apenas um número, mas sim uma mudança significativa na percepção social sobre famílias formadas por casais do mesmo sexo. “Estamos felizes com esse crescimento, mas sabemos que ainda há muito a ser feito para garantir que todas as famílias tenham seu amor e suas relações reconhecidas. A legislação tem avançado, mas ainda existem barreiras sociais que precisam ser superadas”, afirmou a nota divulgada pela entidade.

Desafios enfrentados pelas famílias homoafetivas

Apesar dos avanços, as famílias compostas por duas mães ainda enfrentam diversos desafios. Um dos principais é a resistência cultural que persiste em algumas regiões do país. Em diversas cidades, ainda existem famílias que se sentem inseguras em relação a como a sociedade irá reagir ao conhecer a dinâmica familiar delas. Este estigma pode complicar a vida cotidiana, desde a matrícula em escolas até a participação em eventos comunitários.

Além disso, as políticas públicas ainda precisam se adequar à nova realidade familiar, com leis que abordem de forma mais clara os direitos de famílias homoafetivas, incluindo o acesso à saúde e à educação. O reconhecimento legal é apenas um passo, e as associações que apoiam esses grupos continuam a lutar por políticas mais inclusivas.

Expectativas para o futuro

A expectativa é que o número de registros continue a crescer, especialmente com a conscientização e a aceitação da diversidade familiar. O movimento pró-direitos LGBTQIA+ tem ganhado força, e eventos como paradas do orgulho são cada vez mais comuns, promovendo a aceitação e a visibilidade das famílias homoafetivas.

Além disso, campanhas de conscientização nas escolas e nas comunidades são essenciais para desmistificar preconceitos e promover a igualdade. Educadores e famílias têm um papel fundamental: criar um ambiente acolhedor onde todas as crianças e jovens possam se sentir seguros e respeitados, independentemente de sua composição familiar.

Considerações finais

Em um mundo em constante evolução, as famílias que antes eram marginalizadas começam a encontrar seu lugar. O aumento no registro de crianças com duas mães é um forte indicativo de que a sociedade brasileira está se adaptando e reconhecendo a diversidade nas relações afetivas. Continuar a luta por reconhecimento e igualdade é crucial, e esses dados representam não apenas um aumento numérico, mas a esperança de um futuro mais inclusivo e justo para todas as famílias.

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