Brasil, 11 de maio de 2025
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TJ-RJ convoca Coronel Nunes para explicar suposta assinatura falsa

Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro ouve Coronel Nunes sobre fraude na assinatura que possibilitou a permanência de Ednaldo Rodrigues na CBF.

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro assume um papel crucial na investigação de possíveis irregularidades na Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro decidiu ouvir Antônio Carlos Nunes de Lima, conhecido como Coronel Nunes, na próxima segunda-feira (12). A convocação surge a partir de um pedido do Supremo Tribunal Federal (STF), que levantou a questão da autenticidade da assinatura do Coronel em um documento que garantiu a permanência de Ednaldo Rodrigues como presidente da CBF.

Denúncia de falsificação

A denúncia contra o Coronel Nunes é grave: há suspeitas de que sua assinatura foi falsificada em um documento homologado pelo STF no início deste ano, que reafirmou Ednaldo Rodrigues na presidência da CBF. A repercussão da situação levou a deputada federal Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) a solicitar ao STF que Ednaldo Rodrigues fosse afastado de seu cargo, alegando a impossibilidade legal de sua permanência diante das acusões.

Outra figura importante neste caso, Fernando Sarney, vice-presidente da CBF, também exigiu a anulação do documento que garantiu a continuidade de Rodrigues no poder. Contudo, o ministro Gilmar Mendes do STF rejeitou ambos os pedidos, mas determinou que o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro realizasse uma apuração “imediata e urgente” dos fatos apresentados nas petições.

Saúde mental e capacidade de assinatura

Centrando a suspeita sobre a suposta falsificação da assinatura, questionamentos sobre a saúde mental do Coronel Nunes surgiram. Jorge Pagura, neurocirurgião que acompanha Nunes e presidente da comissão médica da CBF, revelou em um laudo divulgado em 2023 que o Coronel apresentava déficits cognitivos após uma cirurgia. Isso levanta a dúvida sobre sua capacidade para assinar qualquer documento, um fator que pode ser crucial para a investigação em curso.

Na decisão do desembargador publicada na última sexta-feira (09), ficou evidente a preocupação em relação à saúde mental do Coronel, onde se destaca que “a probabilidade de que um dos signatários, o Coronel Antônio Carlos Nunes de Lima, não estivesse apto a manifestar sua vontade no momento da elaboração intelectual e da assinatura” deve ser considerada. Tal declaração coloca em xeque não apenas a validade da assinatura, mas também a legitimidade do documento que afastou Ednaldo Rodrigues da presidência, se comprovada a fraude.

Próximos passos e representações

Dada a situação de saúde do Coronel Nunes, a intimação para a audiência será feita ao diretor jurídico da CBF, André Mattos, que o representará no tribunal durante a audiência. Essa medida visa garantir que as apurações não sejam prejudicadas pela condição de saúde do ex-presidente da CBF e que os interesses da entidade e da transparência na gestão do futebol sejam preservados.

A expectativa agora gira em torno do que poderá ser revelado na audiência marcada para a próxima semana. As implicações de um possível reconhecimento de fraude não se limitam à CBF, mas podem afetar a governança do futebol brasileiro como um todo, reavivando discussões sobre a ética e a transparência nas Instituições esportivas.

A sociedade acompanha atentamente o desenrolar desse caso, que não envolve apenas figuras de destaque no esporte, mas também questões centrais sobre a integridade das instituições e a credibilidade necessária para gerir um dos maiores esportes do Brasil.

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