Brasil, 9 de maio de 2025
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Eduardo Leite troca PSDB pelo PSD em busca de nova trajetória política

Governador do Rio Grande do Sul formaliza mudança de partido e se torna pré-candidato à presidência nas eleições de 2026.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, formaliza nesta sexta-feira, 9 de maio, sua mudança do PSDB para o PSD. Essa filiação, anunciada pela legenda de Gilberto Kassab na quinta-feira, era aguardada por muitos observadores do cenário político. Leite deixou claro que precisa estar em um partido maior para viabilizar sua candidatura nas eleições de 2026.

Movimento estratégico para 2026

Eduardo Leite se posiciona como pré-candidato à Presidência, embora a possibilidade de uma candidatura ao Senado também esteja sobre a mesa. Ao assumir a nova filiação, o PSD passa a contar com quatro governadores, igualando-se ao PT e à União Brasil no topo da lista de governadores entre os partidos brasileiros.

“As circunstâncias do cenário político e eleitoral, tanto no Rio Grande do Sul quanto no Brasil, exigem novos caminhos. Caminhos que percorro com a mesma convicção de sempre: a de trabalhar por um país mais justo, mais eficiente, mais equilibrado e mais comprometido com o futuro”, declarou o governador em nota emitida.

Palco de disputas internas no PSD

O PSD já conta com o governador do Paraná, Ratinho Júnior, como pré-candidato ao Palácio do Planalto. O partido também soma outros protagonistas, como Gilberto Kassab, secretário de Governo na gestão de Tarcísio de Freitas em São Paulo, que pode decidir apoiar uma candidatura presidencial.

Aos que observam a movimentação política, as mudanças estão refletindo em uma reconfiguração dos espaços eleitorais. O PSD, por exemplo, já abriga os governadores de Pernambuco, Raquel Lyra, e de Sergipe, Fábio Mitidieri. Nos bastidores, há a expectativa de que Eduardo Riedel, governador de Mato Grosso do Sul e o único remanescente do PSDB, também deixe os tucanos.

A desintegração do PSDB

Eduardo Leite estava filiado ao PSDB por 24 anos, e a migração para o PSD representa a ascensão de um novo capítulo em sua carreira política. Inicialmente, em 2022, Leite recebeu um convite para juntar-se ao PSD, mas decidiu permanecer com os tucanos. A situação atual, no entanto, levou o governador a reconsiderar sua posição, especialmente após declarar que o PSDB “está deixando de existir”.

Comentando as recentes mudanças, o governador enfatizou que a fusão com o Podemos, já anunciada pela direção do PSDB, gerará um novo partido com nova identidade. Ele expressou que o PSDB, como era conhecido, está se desvanecendo e que a construção de um novo nome e um novo programa é inevitável.

Desafios e perspectivas eleitorais

Os últimos resultados eleitorais do PSDB foram desanimadores, refletindo uma significativa perda de influência em comparação a anos anteriores. Atualmente, o partido conta com apenas 13 deputados federais e três senadores, o que levanta preocupações sobre seu futuro com a possível não superação da cláusula de barreira nas próximas eleições. Essa cláusula estabelece um número mínimo de parlamentares que um partido deve eleger para continuar recebendo recursos públicos e tempo de propaganda.

A resposta à migração de Leite do PSDB tem sido controversa; muitos membros do PSDB já esperavam tal decisão. Com o partido enfrentando dificuldades financeiras e a busca por uma nova configuração, a aproximação com outras legendas, como o Podemos, é uma estratégia em andamento para garantir sua sobrevivência no cenário político.

A política brasileira, em constante transformação, demonstra realidades complexas onde antigas alianças são desfeitas e novas formações estão surgindo. O cenário respeitante ao jogo de poder continua a ser tensão e expectativa entre as lideranças e a população que observa o desdobramento de tais movimentos.

Com esse novo movimento, Eduardo Leite se posiciona para um futuro que promete ser polarizado, tanto nos âmbitos local quanto nacional, onde suas aspirações políticas podem chocar-se com interesses de outros partidos e lideranças emergentes dentro do PSD e fora dele.

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