Brasil, 9 de maio de 2025
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Gleisi Hoffmann defende Galípolo após alta da taxa Selic

A ministra Gleisi Hoffmann apoia Galípolo do BC após sexta alta consecutiva na Selic, que agora está em 14,75% ao ano.

A recente alta da taxa Selic, que atingiu 14,75% ao ano, trouxe à tona críticas e defesas sobre a atual política monetária do Banco Central. A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), reafirmou seu apoio ao presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, após a sexta elevação consecutiva da taxa, decidida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) na última quarta-feira. Este índice representa o maior patamar desde 2006 e acirrou as críticas de movimentos sociais e especialistas em economia.

Descontentamento Popular com a Alta da Selic

Com a elevação da Selic, muitos brasileiros se sentiram impactados por um cenário econômico que parece cada vez mais difícil. A alta da taxa, promovida pela gestão de Galípolo — economista indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva — é vista como um reflexo de uma “herança maldita” da administração anterior do Banco Central, capitaneada por Roberto Campos Neto, ex-presidente da instituição. Gleisi destacou que Campos Neto induziu o mercado a avaliações que pressionaram a taxa de juros, um comportamento que ela chamou de “terrorismo fiscal”.

“O Galípolo vem administrando uma herança maldita do Banco Central”, disse Hoffmann, expressando seu entendimento de que a atual gestão enfrenta um contexto adverso. “É óbvio que eu não concordo com uma taxa de juros tão alta. Não só eu, mas a população brasileira inteira”, completou.

A Gestão de Galípolo e suas Desafios

Expectativas diante do cenário econômico

Gleisi mencionou que muitos esperam uma mudança de avaliação na próxima reunião do Copom, pois “a realidade tem mudado muito”. As expectativas são altas, uma vez que uma política monetária mais flexível pode, em teoria, alavancar o crescimento econômico e aliviar a pressão sobre consumidores e empresas.

Um dos pontos que geraram discussão durante a reunião de Gleisi com representantes da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) foi a necessidade de promover um crédito mais acessível, especialmente para aposentados e pensionistas do INSS. A ministra recebeu pedidos para que não se estabelecesse um teto nos juros do crédito consignado, uma medida que poderia beneficiar milhões de brasileiros.

Medidas Provisórias e Ações Futuras

Durante a discussão, Gleisi citou uma medida provisória enviada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que abre espaço para novos créditos consignados para trabalhadores com carteira assinada. Ela acredita que a concorrência entre os bancos poderá resultar em empréstimos mais baratos. “Temos que ter com eles uma parceria para fazer com que esse crédito seja viabilizado e chegue de forma mais barata na mão do trabalhador”, afirmou.

A confiança na concorrência é um aspecto central para a ministra; ela mencionou que recebeu garantias dos presidentes dos bancos de que os custos dos empréstimos ficariam menores, especialmente por causa de uma maior competição no setor bancário.

Repercussão da Política Monetária na Sociedade

Ainda que o apoio de Gleisi a Galípolo signifique uma tentativa de consolidar a imagem da administração Lula como proativa e transparente, as críticas não se limitam à questão da taxa Selic. A insatisfação e a desconfiança dos cidadãos em relação ao setor financeiro diminuem a confiança em uma recuperação econômica a curto prazo. Diversos economistas e cidadãos comuns questionam a eficácia das medidas atuais e psicologia econômica que permeia as decisões do Banco Central.

Nos primeiros anos do governo Lula, Gleisi, que na época era deputada e presidente do PT, criticou abertamente a condução da política monetária por Campos Neto. Agora, com Galípolo no comando, a expectativa é de que possam existir vozes diferentes dentro da instituição que reflitam a urgência de um novo caminho econômico.

A recente reunião de Gleisi com representantes do setor financeiro mostra que, embora a ministra defenda a gestão atual do Banco Central, o caminho à frente é repleto de desafios e a pressão da opinião pública pode se transformar em uma força poderosa na reforma das políticas monetárias. À medida que a gestão de Galípolo avança, o cenário econômico do Brasil continuará a ser um tópico de intenso debate e análise.

Com uma taxa de juros tão alta, as consequências para o cotidiano do cidadão comum são evidentes. A política monetária tem um impacto direto sobre os financiamentos, o consumo e a própria expectativa de crescimento do país. O que se espera agora é que medidas que facilitem o acesso ao crédito, aliadas a uma possível redução na Selic, possam restabelecer a confiança econômica entre os brasileiros.

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