Brasil, 10 de maio de 2025
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Quatro policiais militares presos por suspeita de tortura na Bahia

Policiais foram detidos durante a ‘Operação Reditus Ad Legem’, investigados por tortura e coação de testemunhas.

Nesta quinta-feira (8), quatro policiais militares foram presos em uma operação que visa investigar práticas de tortura em operações policiais no sul da Bahia. A ação foi realizada pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) em conjunto com a Polícia Militar e se insere no contexto da “Operação Reditus Ad Legem”. Os municípios afetados pela operação são Ilhéus, Itabuna e Buerarema.

Operação Reditus Ad Legem

De acordo com informações fornecidas pela SSP-BA, a operação resultou na prisão temporária de quatro militares que estão lotados na 70ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) em Ilhéus. Embora a Secretaria não tenha fornecido detalhes sobre como a tortura foi cometida, o fato de quatro policiais serem investigados levanta preocupações significativas sobre os métodos utilizados em ações policiais na região.

Investigações e denúncias

Além da suspeita de tortura, os policiais também estão sendo investigados por coação e ameaça de testemunhas. No total, cinco PMs estão sob investigação, o que aponta para um possível padrão de abuso de poder dentro da corporação. A prisão foi acompanhada da execução de mandados de busca e apreensão nas residências dos policiais, uma ação que demonstra o comprometimento da SSP-BA em apurar as denúncias de abusos cometidos por seus agentes.

Reação da Polícia Militar

Quando questionada sobre o caso, a assessoria da 70ª CIPM se manifestou, ressaltando que os policiais estão colaborando com as investigações e que, segundo a legislação, todos são considerados inocentes até que se prove o contrário. No entanto, essa situação suscita um importante debate sobre a transparência e a ética nas corporações policiais da Bahia e do Brasil como um todo.

Contexto de violência policial na Bahia

Essa não é a primeira vez que denúncias de abuso de autoridade por parte da polícia na Bahia vêm à tona. Nos últimos anos, o estado tem enfrentado uma onda de violência policial que gerou protestos da sociedade civil e de organizações de direitos humanos. Casos como a prisão de um policial militar suspeito de executar três homens em Salvador e a polêmica sobre a associação de um soldado da PM a ideologias nazistas levam à questionamentos sobre a formação e os valores transmitidos aos policiais.

Próximos passos e expectativa da população

O encaminhamento dos militares para o Batalhão de Polícia de Choque, em Lauro de Freitas, marca apenas o início das investigações. A população espera que esses casos sejam tratados com a seriedade necessária e que a Justiça cumpra seu papel de forma imparcial. Com a crescente demanda por uma reformulação nas práticas policiais, muitos acreditam que ações como a “Reditus Ad Legem” são passos importantes para restaurar a confiança nas forças de segurança.

A sociedade civil e os órgãos de defesa de direitos humanos observam a evolução desse caso com atenção, uma vez que os procedimentos que serão adotados podem definir um novo patamar de responsabilidade e ética no serviço policial na Bahia e em todo o Brasil.

O desfecho dos crimes de tortura e coação investigados na “Operação Reditus Ad Legem” poderá, portanto, representar uma mudança necessária na forma como a polícia é percebida e como seus integrantes agem no dia-a-dia em interação com a população.

Veja mais notícias sobre segurança pública e operações policiais no site do g1 Bahia.

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