Brasil, 10 de maio de 2025
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Vereadores aprovam criação do Dia da Cegonha Reborn no Rio

A Câmara Municipal do Rio aprovou um projeto para homenagear artesãs de bonecas reborn, adotando o dia 4 de setembro como a data da celebração.

Nesta quarta-feira (7), a Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou um projeto de lei que estabelece o Dia da Cegonha Reborn, que será comemorado anualmente em 4 de setembro. Essa iniciativa tem como objetivo celebrar as artesãs que confeccionam bonecas realistas conhecidas como “reborns”, que imitam recém-nascidos e têm ganhado cada vez mais popularidade nas redes sociais. O projeto ainda precisa da sanção do prefeito Eduardo Paes (PSD).

O que diz o projeto de lei

O texto, proposto pelo vereador Vitor Hugo (MDB), destaca a importância da arte das “cegonhas”, como são conhecidas as artesãs que criam essas bonecas. Esse grupo se reuniu em 4 de setembro de 2022 para lutar pelo reconhecimento da data no calendário municipal. A justificativa da proposta menciona que a arte da Cegonha Reborn é uma prática comum em vários países, sendo usada como uma forma especial de lembrança por mães que perderam filhos pequenos ou que ainda não conseguiram ter filhos.

“Essas bonecas têm um significado emocional profundo para muitas mulheres, ajudando a transformar a dor em um projeto criativo e rentável”, afirmou Vitor Hugo ao jornal “O Globo”. “São senhoras que enfrentaram problemas de depressão ou perdas nas famílias e que começaram a criar essas bonecas, e agora estão praticamente curadas e vivendo dessa arte”.

A popularidade dos bebês reborn

A aprovação do projeto ocorre em meio a um fenômeno de popularidade nas redes sociais, onde “mães de bebês reborn” têm gerado uma série de memes e conteúdos que viralizaram. Em um dos vídeos, uma mulher explica que não foi trabalhar porque o seu bebê reborn estava doente e precisava ir ao médico, o que gerou críticas e risadas entre os internautas. Esse tipo de conteúdo tem causado uma reação mista nas plataformas, com pessoas se divertindo e outras questionando a sanidade por trás dessas práticas.

O caso de Carolina Rossi

Um exemplo notório desse fenômeno é a influenciadora Carolina Rossi, conhecida como “Sweet Carol”, que em abril promoveu um encontro de mães e bebês reborn no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Um vídeo dela simulando o parto de uma boneca reborn também circulou amplamente, levando a confusões entre os seguidores. Carolina, que é famosa por seu conteúdo de ASMR, esclareceu que não é colecionadora de bonecas reborn, mas sim criadora de conteúdos que visam proporcionar satisfação sensorial aos seus espectadores.

Uma nova perspectiva sobre a maternidade e perda

O projeto de lei para o Dia da Cegonha Reborn não apenas destaca a arte e a habilidade dessas mulheres, mas também aborda temas mais profundos, como a maternidade e a perda. A arte das bonecas reborn parece ter se tornado um meio de terapia para mulheres que lidam com questões de maternidade, ajudando-as a superar traumas associativos ao criar essas representações de bebês. Esse fenômeno oferece uma nova maneira de compreender e lidar com a experiência da maternidade, oferecendo um espaço seguro para que as mães honrem suas emoções e memórias.

Como a arte da Cegonha Reborn se expande e ganha reconhecimento, a expectativa é que mais pessoas se tornem conscientes da importância emocional que essas bonecas podem representar, não apenas para colecionadores, mas para um público mais amplo que busca conforto e conexão em suas experiências pessoais.

Com a aprovação do projeto, o Rio de Janeiro pode se tornar um centro de celebração para essa subcultura que está tomando forma, criando um espaço onde a dor pode ser transformada em arte e onde cada boneca reborn pode contar uma história de amor, perda e superação.

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