O Flamengo está passando por um período delicado na temporada, especialmente no cenário da Libertadores. Na última partida, o rubro-negro enfrentou o Central Córdoba e não conseguiu vencer, empatando em 1 a 1, com gols de Arrascaeta e Verón. Esse resultado, embora não signifique a eliminação imediata, ergue um alarme sobre a situação da equipe, que está a apenas três pontos dos dois times que ocupam as vagas de classificação a duas rodadas do fim.
Performance do Flamengo na Libertadores
O embate em Santiago del Estero acabou se mostrando mais complicado do que o esperado. O Central Córdoba, que havia surpreendido o Flamengo com uma vitória no Maracanã, já havia provado que era um adversário perigoso. O principal objetivo do time carioca era evitar novos erros e garantir uma vitória. No entanto, o empate acabou sendo mais agradável para os argentinos do que para o Flamengo.
Com o resultado, o Flamengo somou cinco pontos no Grupo C, enquanto a LDU e o Central Córdoba lideram com oito. O rubro-negro ainda tem jogos em casa contra a LDU, na próxima quinta-feira, e contra o Táchira, que já foi eliminado, no dia 28. Porém, a expectativa de que o time consiga reverter a má fase diminui a cada jogo, uma vez que as atuações estão se mostrando cada vez menos inspiradoras.
Erros comprometem desempenho em campo
Durante a partida contra o Central Córdoba, o Flamengo chamou a atenção pelo grande número de erros de passe e desatenção. Apesar de ter começado a partida bem, com um gol de Arrascaeta e um controle do jogo nos primeiros 20 minutos, a equipe rapidamente se acomodou e deixou de arriscar. A falta de ajustes do treinador, Filipe Luís, resultou em uma série de falhas que comprometeram a performance da equipe.
Arrascaeta, ao final do jogo, reconheceu a insatisfação com o desempenho do time: “A verdade é que é muito pouco para a qualidade dos jogadores e do time que temos. Precisamos sair com mais pontos. Sabíamos que seria um jogo difícil, mas perdemos muitos pontos”. O meio-campista arrematou deixando clara a frustração com a situação atual do Flamengo.
Dificuldades em manter a velocidade
A falta de jogadores de velocidade foi um fator que prejudicou o time durante a partida. Com Wesley e Ayrton Lucas apresentando um desempenho tímido nas laterais, o ataque se viu limitado e, assim, o Flamengo buscou explorar mais o meio-campo. Essa estratégia rendeu uma pequena alegria, quando Arrascaeta conseguiu abrir o placar após receber um passe preciso de Bruno Henrique.
No entanto, a equipe não conseguiu manter o ritmo e a insegurança em relação ao resultado fez com que o Central Córdoba começasse a crescer em campo. Rossi, o goleiro do Flamengo, foi obrigado a fazer defesas difíceis, demonstrando que a defesa da equipe estava mais fragilizada do que o esperado.
Substituições ineficazes
No segundo tempo, as alterações promovidas por Filipe Luís não surtiram efeito. A entrada de Juninho em lugar de Pedro e a manutenção de uma postura mais defensiva acabaram por dar espaços ao adversário, resultando no gol de empate dos argentinos logo após a entrada de Verón, que cabeceou numa falha defensiva do Flamengo.
Após o gol sofrido, as mudanças feitas pelo treinador foram tímidas e apenas trocaram jogadores de posição, ao invés de trazer um novo fôlego ao time. Coletivamente abaixo das expectativas e com desempenhos individuais insatisfatórios, o Flamengo terá que se reorganizar para os próximos jogos. A equipe precisa encontrar uma forma de superar as dificuldades apresentadas até aqui e não amargar uma eliminação precoce na Libertadores.
Em suma, o Flamengo vive um momento crítico nesta edição da Libertadores, onde a pressão cada vez maior exigirá não apenas táticas eficientes, mas também a recuperação da confiança e do bom jogo que a equipe já demonstrou ter. As próximas partidas prometem ser chave para o futuro do rubro-negro na competição.