Na última terça-feira, o Vasco da Gama protagonizou um dos capítulos mais vergonhosos de sua história recente ao sofrer uma goleada de 4 a 1 para o Puerto Cabello, na Venezuela, durante a quarta rodada do Grupo G da Copa Sul-Americana. Apesar de contar com jogadores renomados como Philippe Coutinho e Vegetti, que foram poupados na partida anterior contra o Palmeiras, a equipe cruz-maltina fracassou diante de um adversário que, até então, não apresentava grande consistência no campeonato local.
A humilhação em campo
A partida foi marcada por erros defensivos gritantes por parte do Vasco, que, segundo o capitão Vegetti, não pode mais colocar a culpa nos técnicos. “A verdade é que foi uma vergonha. Não podemos mais culpar os técnicos. Nós, jogadores, temos que assumir. Essa camisa é grande demais para isso. Temos que fazer muitas autocríticas com as portas fechadas”, declarou Vegetti após o apito final. As palavras do capitão refletem um sentimento de desespero e vergonha entre os jogadores, que veem a necessidade de uma mudança urgente na postura em campo.
O desempenho nos detalhes
Os gols do Puerto Cabello foram frutos de erros infantis da defesa vascaína. No primeiro gol, um pênalti convertido por Paredes foi originado de um erro de passe na entrada da área. No segundo, o atacante diminuto Padrón aproveitou uma falha do lateral Lucas Piton, que não fez esforço para disputar a bola e acabou levando um gol de cabeça. Já o terceiro gol veio após um contra-ataque finalizado pelo jogador Guerrero, que, do lado de fora da área, encobriu o goleiro Léo Jardim com um belo chute. Para selar a tragédia, o quarto gol nasceu de mais uma confusão na saída de bola entre Paulo Henrique e Hugo Moura, permitindo que Padrón, novamente, assistisse Paredes para o último gol da noite.
O futuro incerto do clube
Com essa derrota, o Vasco permanece com cinco pontos na tabela e, apesar de estar na segunda colocação do grupo, a situação é alarmante. Na próxima terça-feira, o time enfrentará o Lanús, que lidera o grupo com oito pontos, e precisará reverter a situação. Contudo, antes disso, o Vasco terá um desafio crucial no Campeonato Brasileiro, contra o Vitória, onde uma vitória é imprescindível para não flertar com a zona de rebaixamento.
Os últimos jogos sob o comando do diretor técnico Felipe Loureiro têm mostrado um time menos coeso do que o apresentado durante a gestão de Fábio Carille. Isso levanta questionamentos sobre a decisão da diretoria em demitir Carille, que havia conseguido estabelecer uma consistência-defensiva que o time agora parece não ter.
A expectativa de mudança
Com a pressão aumentando, a diretoria do clube está em conversações com o técnico Fernando Diniz, que pode assumir o comando da equipe ainda neste final de semana. Os valores salariais para um possível contrato giram em torno de R$ 1 milhão. A expectativa é que a mudança no comando técnico possa ser o impulso necessário para que o time comece uma rota de recuperação.
Os torcedores do Vasco, que já enfrentaram tantas dificuldades, esperam que essa derrota sirva como um “tapa na cara” para os jogadores, obrigando-os a se unirem e lutarem pela camisa que vestem. O sentimento de vergonha expresso por Vegetti ecoa entre todos os apaixonados pelo clube, que esperam que a equipe possa dar volta por cima e recuperar seu lugar de destaque no futebol brasileiro e internacional.
