Brasil, 9 de maio de 2025
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Pastor Silas Malafaia critica STF durante ato pró-anistia em Brasília

O pastor Silas Malafaia liderou uma manifestação pedindo anistia em Brasília, criticando o STF por interferência em pautas do Congresso.

No dia 7 de maio, o pastor Silas Malafaia, organizador do ato pró-anistia, conduziu uma caminhada em Brasília que reuniu milhares de apoiadores. Durante o evento, Malafaia fez críticas contundentes ao Supremo Tribunal Federal (STF), afirmando que a Corte deve se limitar ao seu papel de julgamento e não interferir nas decisões do Congresso Nacional.

Caminhada pela anistia: um ato pacífico e necessário

Em entrevista ao portal Metrópoles, Malafaia destacou a importância do ato, afirmando que ele “desmistifica a ideia de que há medo” em fazer manifestações na capital federal. O pastor enfatizou que a caminhada foi pacífica, permitindo que os participantes expressassem seus desejos de forma legítima.

“Essa caminhada acaba com o medo de se fazer evento em Brasília. O povo é pacífico, e quando é comandado, não acontece nada demais. Fizemos uma caminhada espetacular com milhares de pessoas e dissemos que a anistia é competência exclusiva do Congresso Nacional. Não compete ao STF. Ao STF, compete julgar”, disse Malafaia.

O ato teve início na Funarte, próxima à Torre de TV, e seguiu em direção à Esplanada dos Ministérios, onde os manifestantes permaneceram até o final da tarde. Malafaia convocou os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), para agendarem a votação do Projeto de Lei da Anistia, que busca perdoar os manifestantes envolvidos nas invasões dos prédios dos Três Poderes em Brasília.

A crítica ao ministro Luiz Fux e à legitimidade do ato

Durante seu discurso, o pastor também alfinetou o STF, especificamente mencionando o ministro Luiz Fux, que, segundo Malafaia, “desmascarou” o ministro Alexandre de Moraes em suas análises sobre a legitimidade das ações dos manifestantes. Malafaia ressaltou que Fux indicou que não há provas de golpe de Estado ou associação armada relacionada aos eventos de 8 de janeiro, classificando as alegações como “farsa”.

“O ministro Fux acaba com a farsa do golpe. O ministro Fux desmascarou Alexandre de Moraes. Ele diz que não tem prova de golpe de Estado, não tem prova de associação armada, não tem prova de abolição violenta do Estado Democrático”, afirmou Malafaia, deixando explícita sua insatisfação com as decisões da Corte.

Com a afirmação de que o julgamento pertence ao Judiciário, Malafaia reitera que a questão da anistia deve ser apreciada pelo Poder Legislativo, colocando a responsabilidade nas mãos dos representantes do povo. O pastor fez questão de ressaltar a necessidade de união entre os parlamentares para avançar com a proposta em um momento em que o cenário político continua polarizado.

PL da Anistia e suas possíveis implicações

O Projeto de Lei da Anistia, que está em tramitação, busca obter mais de 200 assinaturas para a votação de urgência. Caso aprovada, a proposta pode ser votada diretamente em Plenário, sem análise prévia das comissões, o que aceleraria a tramitação legislativa.

O pedido de anistia é defendido pela oposição, que acredita ser um passo necessário para mitigar as consequências políticas e sociais do episódio de 8 de janeiro. Nesse momento, manifestantes demonstram apoio à proposta utilizando palavras de ordem e vestindo camisetas com mensagens relacionadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que também participou do ato, apesar de recente cirurgia de emergência.

Conclusão

Em um ambiente conturbado e polarizado, a manifestação de Malafaia e seus seguidores representa uma faceta importante do atual debate político no Brasil. A divisão de opiniões e a luta pela anistia suscitam discussões acaloradas, revelando a complexidade do contexto democrático brasileiro. O desfecho deste movimento ainda será moldado pelos desdobramentos políticos e pela resposta do Congresso ao PL da Anistia, que, se aprovado, poderá reverter algumas consequência(s) do 8 de janeiro.

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