Brasil, 9 de maio de 2025
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Vídeo de Nikolas Ferreira sobre crise do INSS atinge 100 milhões de visualizações

Deputado acusa governo Lula de omissões e clama por investigação sobre fraudes no INSS.

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) gerou um verdadeiro alvoroço nas redes sociais ao postar um vídeo onde critica o governo Lula por não ter tomado medidas em relação aos descontos indevidos em aposentadorias e pensões do INSS. Em apenas 24 horas, a publicação alcançou a impressionante marca de 100 milhões de visualizações no Instagram. O parlamentar classificou a situação como o “maior escândalo da história do país”.

Contexto da acusação

O vídeo, que segue um formato similar a outra produção divulgada por Ferreira em janeiro, no qual ele pedia o fim da fiscalização das transações do Pix, apresenta o deputado em um fundo preto, usando a mesma camisa escura e calça jeans. Em cerca de seis minutos, ele argumenta uma suposta ligação entre as fraudes no INSS e governos petistas. Essa estratégia de comunicação busca ressoar com suas bases, reforçando sua presença como uma figura influente nas redes sociais.

Rebatendo narrativas

Além de criticar o governo atual, Nikolas Ferreira rechaçou a ideia propagada por alguns setores da esquerda de que as fraudes no INSS teriam começado durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). No vídeo, ele faz um apelo aos seus seguidores para que cobrem dos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso.

Impacto nas redes sociais

O uso da mesma abordagem que o consagrou nas redes sociais mostra como Ferreira está habilidoso em explorar as mídias para amplificar suas mensagens. Um levantamento do jornal O Globo revelou que ele obteve um crescimento significativo em seguidores após sua publicação anterior sobre o Pix, superando até mesmo o presidente Lula em número de seguidores no Instagram. Essa capacidade de mobilizar e engajar o público é um indicativo de como as redes sociais estão moldando o cenário político brasileiro.

Operação da Polícia Federal

As acusações de Nikolas Ferreira se entrelaçam com uma investigação em andamento, que ganhou destaque no fim de abril. A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram uma megaoperação para lidar com denúncias de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões do INSS. O chefe da CGU, Alessandro Stefanutto, foi afastado após uma decisão judicial e posteriormente demitido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O que diz a investigação

A operação, autorizada pela Justiça do Distrito Federal, visa desmantelar um esquema nacional que estaria aplicando descontos associativos não autorizados nas aposentadorias. Este esquema teria resultado em um total de R$ 6,3 bilhões em valores descontados entre 2019 e 2024. No entanto, ainda não está claro quantos desses descontos foram feitos de forma ilegal. As investigações revelaram que muitos beneficiários estavam sendo cobrados como se fossem membros de associações, algo que nunca autorizavam.

Com a operação, o governo decidiu suspender todos os acordos relacionados a descontos nas aposentadorias, visando proteger os beneficiários de abusos e fraudes. Essa situação tem criado um cenário de incertezas no sistema previdenciário, ao mesmo tempo em que políticos como Nikolas Ferreira buscam capitalizar politicamente sobre a crise.

À medida que as investigações continuam, fica evidente que a questão da segurança nos pagamentos do INSS e a responsabilidade política dos envolvidos serão temas cruciais nos debates públicos e nas próximas eleições. O impacto das redes sociais na formação da opinião pública também não pode ser subestimado, mostrando que a comunicação digital é uma arma poderosa para os políticos contemporâneos.

O caso ilustra não apenas as disfunções do sistema previdenciário, mas também a dinâmica acirrada entre as narrativas políticas em um Brasil polarizado. À medida que a pesquisa avança, a expectativa é de que novos desdobramentos surgirão, potencialmente afetando o futuro político de muitos envolvidos.

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