O Brasil subiu uma posição no ranking mundial de juros reais, alcançando a terceira posição, após o anúncio da nova alta da taxa Selic nesta quarta-feira (7). Com o aumento de 0,50 ponto percentual, a Selic passou a 14,75% ao ano, conforme divulgado pelo Comitê de Política Monetária (Copom). O levantamento realizado pela plataforma MoneYou aponta que os juros reais do Brasil ficaram em 8,65%.
Entenda a alta da Selic e seus impactos
A taxa Selic, que é a taxa básica de juros da economia brasileira, tem um papel fundamental na formação da economia do país. A primeira colocação do ranking de juros reais continua com a Turquia, que registrou uma taxa de 10,47%, seguida pela Rússia com 9,17%. Essa alta na Selic tem gerado debates sobre suas implicações para a economia brasileira, principalmente no que diz respeito ao crescimento e à inflação.
O Banco Central justifica a elevação da Selic como uma medida para controlar a inflação, que permanece uma preocupação constante no cenário econômico. De acordo com o Copom, a decisão reflete um contexto de incertezas inflacionárias, especialmente com questões fiscais que criam tensões locais e a alta dos preços de alimentos, que permanece relevante a curto prazo.
Comparativo com outros países
Ao considerar a taxa de juros nominal, o Brasil mantém a quarta posição no ranking global. Confira os dados das principais economias:
- Turquia: 46%
- Argentina: 29%
- Rússia: 21%
- Brasil: 14,75%
- Colômbia: 9,25%
- México: 9%
- África do Sul: 7,5%
- Hungria: 6,5%
- Índia: 6%
- Indonésia: 5,75%
- Polônia: 5,75%
- Filipinas: 5,5%
- Chile: 5%
- Hong Kong: 4,75%
- Estados Unidos: 4,5%
- Israel: 4,5%
- Reino Unido: 4,25%
- Austrália: 4,1%
- República Tcheca: 3,75%
- Nova Zelândia: 3,5%
- China: 3,1%
- Malásia: 3%
- Canadá: 2,75%
- Coreia do Sul: 2,75%
- Alemanha: 2,4%
- Austria: 2,4%
- Espanha: 2,4%
- Grécia: 2,4%
- Holanda: 2,4%
- Portugal: 2,4%
- Bélgica: 2,4%
- França: 2,4%
- Itália: 2,4%
- Cingapura: 2,27%
- Suécia: 2,25%
- Taiwan: 2%
- Dinamarca: 1,85%
- Tailândia: 1,75%
- Japão: 0,5%
- Suíça: 0,25%
O impacto da elevação da Selic na economia brasileira
A alta na taxa Selic, que atinge seu maior patamar em quase 20 anos, é um ponto importante na política econômica adotada pelo governo. A última vez que a Selic esteve em 14,75% foi em 2006, durante o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Desde então, o Brasil tem enfrentado um cenário de flutuação econômica e incertezas políticas, o que levanta preocupações entre economistas e investidores.
Além disso, o aumento contínuo da Selic também é uma resposta à desvalorização do real e à pressão inflacionária externamente provocada. Apesar de a medida buscar controlar a inflação, ela pode ter um efeito adverso sobre o crescimento econômico, pois torna o crédito mais caro e menos acessível a consumidores e empresas.
Conclusão
Com a recente elevação da Selic e a confirmação do Brasil como o terceiro maior em juros reais do mundo, o impacto sobre a economia nacional será acompanhando de perto. A combinação de inflação, taxa de juros e a situação fiscal do país criam um ambiente de incerteza que requer atenção contínua por parte de economistas, governantes e cidadãos.
Para mais informações sobre a atualização da Selic e seu reflexo na economia, você pode acessar a [notícia completa aqui](https://g1.globo.com/economia/noticia/2025/05/07/brasil-sobe-para-3o-no-ranking-de-maiores-juros-reais-do-mundo-apos-nova-alta-da-selic-veja-lista.ghtml).