Brasil, 22 de abril de 2025
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Brasil pode se destacar na guerra tarifária dos EUA, diz presidente do Banco Central

Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, afirmou no Senado que o Brasil pode ganhar destaque entre os emergentes em meio à guerra tarifária iniciada por Donald Trump.
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. Foto: Jose Cruz/Agência Brasil

Durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, nesta terça-feira (22), o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que o Brasil pode emergir como destaque entre os países emergentes no contexto da guerra tarifária liderada pelos Estados Unidos sob o governo Donald Trump.

Segundo Galípolo, a diversidade da pauta de exportações brasileiras, aliada ao tamanho e à força do mercado doméstico, pode colocar o país em uma posição de menor vulnerabilidade frente às tensões comerciais globais.

Diversidade comercial e mercado interno são trunfos brasileiros, diz Banco Central

“A ideia não é que tudo melhora com a guerra tarifária”, afirmou Galípolo, enfatizando que o diferencial do Brasil está em sua menor dependência de um único parceiro comercial. “A diversificação que o Brasil possui em sua pauta comercial, somada a um mercado doméstico relevante, passou a apresentar o país como um local de proteção.”

O presidente do BC destacou que, ao contrário de países como México e Vietnã — altamente dependentes das exportações aos Estados Unidos —, o Brasil conta com um equilíbrio maior em sua balança comercial e com fontes internas de dinamismo econômico.

Incerteza das tarifas pode provocar desaceleração global

Galípolo também alertou que a instabilidade causada pelas idas e vindas das tarifas impostas por Trump vem provocando um aumento da aversão ao risco entre os mercados globais, o que pode levar a uma desaceleração econômica internacional.

“A própria incerteza deve provocar algum tipo de desaceleração. Estamos falando de um cenário de aversão a risco”, avaliou. O presidente do BC frisou que, embora o Brasil não seja imune ao cenário, está em posição relativamente mais resiliente devido à sua estrutura comercial.

Audiência obrigatória no Senado

A participação de Galípolo na CAE segue o Regimento Interno do Senado, que prevê a presença do presidente do Banco Central em audiências públicas ao menos quatro vezes por ano. Nessas ocasiões, são debatidas as perspectivas para a política monetária e temas conjunturais da economia nacional e internacional.

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