Brasil, 16 de março de 2025
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Vendas no varejo brasileiro recuam 0,1% em janeiro de 2025, diz IBGE

O comércio varejista no Brasil apresentou queda de 0,1% em janeiro, mas acumula alta de 4,7% em 12 meses.
Esses dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 14 de março. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

As vendas no varejo brasileiro teve uma leve queda de 0,1% nas vendas em janeiro de 2025 em relação a dezembro de 2024. No entanto, no acumulado de 12 meses, o setor apresentou um crescimento expressivo de 4,7%, com alta de 3,1% na comparação com janeiro do ano passado. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (14) pelo IBGE, por meio da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC).

A análise do cenário das vendas no varejo brasileiro

Segundo o comunicado do IBGE, “em janeiro de 2025, o varejo está 0,6% abaixo do patamar recorde do índice com base fixa, que foi alcançado em outubro de 2024”. A pesquisa apontou que, apesar de a queda em janeiro marcar a terceira taxa negativa consecutiva, a interpretação dos especialistas, como o gerente da PMC, Cristiano dos Santos, aponta para uma estabilidade no setor. “É importante lembrar que, após atingir um pico histórico em outubro de 2024, o comércio tem apresentado variações muito próximas de zero, resultando em um fenômeno de estabilidade”, explicou Santos.

O que é a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC)

A Pesquisa Mensal de Comércio, iniciada em janeiro de 1995, tem como objetivo produzir indicadores que reflitam o comportamento do comércio varejista no Brasil. Para isso, o IBGE monitora a receita bruta de revenda em empresas formais de médio e grande porte, que possuem 20 ou mais funcionários e têm como atividade principal o varejo. A PMC fornece dados sobre faturamento real e nominal, pessoal ocupado, salários e outras remunerações no setor.

Destaques do desempenho no varejo

Em janeiro de 2025, quatro das oito atividades pesquisadas apresentaram resultados positivos. Os setores que mais se destacaram foram:

  • Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação: +5,3%
  • Combustíveis e lubrificantes: +1,2%
  • Outros artigos de uso pessoal e doméstico: +0,7%
  • Livros, jornais, revistas e papelaria: +0,6%

Por outro lado, as atividades que mostraram queda incluiu:

  • Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria: -3,4%
  • Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo: -0,4%
  • Móveis e eletrodomésticos: -0,2%
  • Tecidos, vestuário e calçados: -0,1%

Quedas em algumas atividades

Embora o varejo tenha enfrentado desafios em janeiro, Santos ressalta que as quedas em algumas atividades foram mínimas, como a do setor de hipermercados, que possui um grande peso na balança do comércio. “Destacamos que houve uma queda mais significativa apenas no setor farmacêutico, enquanto a categoria de informática se recuperou após períodos de dificuldades devido à alta do dólar”, complementou.

Comércio varejista ampliado

No comércio varejista ampliado, que inclui também segmentos como veículos, motos, partes e peças, material de construção, e atacado de produtos alimentícios, o volume de vendas subiu 2,3% em janeiro em relação a dezembro. O segmento que mais cresceu foi o de veículos e motos, partes e peças, com um aumento expressivo de 11,3%. Seguiram-se:

  • Material de construção: +4,7%
  • Atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo: -0,5%

Esses números sugerem uma adaptação do varejo às condições econômicas atuais e um panorama promissor para os próximos meses. O cenário, marcado por crescimento em alguns setores, demonstra a resiliência do comércio brasileiro, mesmo diante de um contexto desafiador.

O segmento que mais cresceu foi o de veículos e motos. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
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