Brasil, 20 de abril de 2025
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Tudo sobre o Caso Vitória: o assassinato brutal da adolescente e as investigações em andamento

A investigação sobre a morte de Vitória Regina de Sousa teve uma reviravolta inesperada com a inclusão do pai da jovem, Carlos Alberto Souza, como suspeito no caso
Tudo que se sabe sobre o Caso Vitória. Foto: Reprodução

O assassinato da jovem Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, em Cajamar, na Grande São Paulo, chocou o Brasil. O crime, marcado por brutalidade e mistério, segue sendo investigado pelas autoridades, que buscam entender as motivações e identificar todos os envolvidos.

Desaparecida desde 26 de fevereiro de 2025, após sair do trabalho em um shopping na cidade, Vitória foi encontrada morta no dia 5 de março, em uma área de mata. O corpo apresentava sinais de tortura e violência extrema, incluindo cortes profundos e indícios de que foi submetida a um ritual cruel. A investigação aponta possíveis ligações com uma vingança pessoal ou o envolvimento de facções criminosas.

Pai de Vitória entra na lista de suspeitos e defesa contesta decisão

A investigação sobre a morte de Vitória Regina de Sousa teve uma reviravolta inesperada com a inclusão do pai da jovem, Carlos Alberto Souza, como suspeito no caso. A Polícia Civil confirmou que a decisão se baseia nos mesmos critérios aplicados a outros investigados, como o ex-namorado Gustavo Vinícius Moraes, que teve a prisão solicitada devido a contradições em seu depoimento.

Segundo os investigadores, Carlos Alberto apresentou inconsistências ao falar sobre o desaparecimento da filha. Um dos pontos que levantou suspeitas foi a omissão de ligações feitas para Vitória no dia do sumiço. Além disso, os agentes estranharam o que descreveram como “comportamento frio” do pai, afirmando que ele não demonstrou emoção ao falar sobre a morte da filha.

Outro fator que chamou atenção foi um pedido de terreno ao prefeito de Cajamar, feito por Carlos Alberto logo após a confirmação da morte da filha. A polícia busca entender se há alguma relação desse pedido com o crime.

A defesa de Carlos Alberto classificou a suspeita como “absurda” e afirmou que ele nunca foi ouvido formalmente pela polícia, razão pela qual não teria detalhado sua versão sobre o dia do desaparecimento. O advogado Fábio Costa declarou que tentará reverter a inclusão do pai de Vitória na lista de investigados ainda nesta semana.

Enquanto isso, a Polícia Civil pretende ouvir novas testemunhas nos próximos dias para esclarecer o real envolvimento de cada suspeito no crime brutal que chocou Cajamar e todo o Brasil.

A seguir, os principais pontos do caso, desde os últimos momentos de Vitória até as linhas de investigação adotadas pela polícia.

O desaparecimento de Vitória

Na noite de 26 de fevereiro, Vitória saiu do trabalho por volta das 23h. Seu pai deveria buscá-la, mas, devido a um problema mecânico no carro da família, ela precisou pegar um ônibus para voltar para casa.

Ainda no ponto, Vitória demonstrava nervosismo. Segundo relatos, ela estava ríspida e agitada, o que chamou a atenção de sua amiga Amanda Santos, última pessoa a vê-la antes do desaparecimento.

Durante a espera pelo ônibus, Vitória enviou mensagens para outra amiga, que não teve a identidade divulgada, relatando que estava sendo seguida por dois homens em um carro. Em um dos áudios enviados, a jovem disse:

“Passou uns caras no carro e eles falaram: ‘E aí, vida? Tá voltando?’. Ai, meu Deus do céu, vou chorar.”

Pouco depois, ela embarcou no ônibus e viu um dos homens suspeitos entrar também. Mesmo assustada, decidiu não ligar para ninguém com medo de chamar atenção.

Ao descer do veículo, por volta de 00h35, Vitória acreditou que estava segura, pois o homem que entrou no ônibus permaneceu no veículo. No entanto, testemunhas viram um Toyota Yaris seguindo a jovem logo após sua descida. Esse foi o último momento em que Vitória foi vista com vida.

O encontro do corpo e a brutalidade do crime

Após nove dias de buscas intensas, o corpo de Vitória foi encontrado no dia 5 de março, em uma área de mata em Cajamar. O estado do corpo revelou a violência extrema do crime.

Vitória foi assassinada com três facadas, sendo os golpes fatais no tórax, pescoço e rosto. Além disso, o pescoço apresentava um corte profundo, indicando uma tentativa de decapitação. O corpo estava nu, e a vítima teve a cabeça raspada – um detalhe que levantou hipóteses sobre um possível crime ligado a facções criminosas.

Outro detalhe perturbador foi que o sutiã de Vitória estava amarrado em seu pescoço, um indício de que a jovem pode ter sido submetida a tortura antes de ser morta.

As investigações do Caso Vitória e as principais suspeitas

A polícia trabalha com algumas principais hipóteses para explicar o crime:

1️⃣ Vingança pessoal: a jovem pode ter sido assassinada devido a um desentendimento ou traição amorosa.
2️⃣ Execução ordenada por uma facção criminosa: a forma como Vitória foi morta, com a cabeça raspada e cortes específicos, pode indicar um ritual de punição de grupos organizados.

Sete pessoas estão sendo investigadas, incluindo o ex-namorado de Vitória, Gustavo Vinicius, que chegou a ser detido para prestar depoimento, mas foi liberado. Um outro suspeito, Maicol Antonio Sales dos Santos, dono de um carro supostamente utilizado no crime, teve prisão preventiva decretada.

A polícia também investiga o envolvimento de um “ficante” de Vitória e de dois jovens que estavam no mesmo ônibus que ela na noite do crime.

O que dizem as mensagens de Vitória?

As últimas mensagens e áudios enviados por Vitória mostram claramente que a jovem estava assustada e ciente de que estava sendo seguida.

Em um dos áudios enviados para sua amiga, Vitória expressa medo:

“Passou uns caras no carro e eles falaram: ‘E aí, vida? Tá voltando?’. Ai, meu Deus do céu, vou chorar.”

Minutos depois, ela chegou a acreditar que estava segura ao ver os suspeitos entrando em uma favela:

“Ah, deu tudo certo. Eles entraram pra dentro da favela. Uh… saiu até lágrima dos meus zóio agora. Nossa, até me arrepiei.”

No entanto, sua sensação de segurança foi momentânea. Mais tarde, ao perceber que ainda estava sendo observada, ela confessou em outro áudio:

“Acontece essas coisas eu não consigo correr. Eu paraliso. Eu não sei o que eu faço. Eu não consigo correr. Eu fico parada.”

Essas mensagens são consideradas provas cruciais para a investigação.

As contradições no depoimento do ex-namorado

Gustavo Vinicius, ex-namorado de Vitória, é um dos principais investigados no caso. Seu depoimento apresenta diversas inconsistências, como:

📌 Horários divergentes: Ele alegou estar em outro local no momento do desaparecimento de Vitória, mas testemunhas e câmeras de segurança indicam sua presença na região.

📌 Mensagens ignoradas: Gustavo disse que só viu as mensagens de Vitória pedindo ajuda por volta de 1h30, mas registros mostram que ele visualizou antes e só respondeu às 4h com um simples “ok”.

📌 Uso de veículo suspeito: A polícia investiga a relação de Gustavo com um carro usado na noite do crime. Um fio de cabelo encontrado no veículo está sendo periciado para verificar se pertence à vítima.

Embora a prisão preventiva dele tenha sido negada inicialmente, ele segue sob investigação.

Repercussão e pedido de justiça

O caso causou grande comoção nacional, com manifestações exigindo justiça. A família e amigos de Vitória organizaram protestos e homenagens para a jovem, enquanto a polícia segue avançando nas investigações.

Durante o velório e enterro, a comoção tomou conta dos presentes, que entoaram gritos de “justiça por Vitória”.

A cada dia, novas informações sobre o crime surgem, e a expectativa é que a polícia consiga esclarecer quem são os responsáveis e quais foram as motivações para o assassinato brutal da adolescente.

O que acontece agora?

As investigações continuam, e a polícia segue analisando provas, depoimentos e perícias nos veículos e objetos ligados ao crime.

Os próximos passos incluem:

✅ Análise das mensagens de Vitória e rastreamento das comunicações dos suspeitos;
✅ Conclusão das perícias no veículo suspeito e no fio de cabelo encontrado;
✅ Identificação dos dois homens que estavam seguindo Vitória;
✅ Possível ligação com facções criminosas ou motivação pessoal para o crime.

O caso ainda está longe de uma resolução definitiva, mas a pressão popular e o trabalho da polícia prometem não deixar a morte de Vitória impune.

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