Brasil, 9 de março de 2025
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Brasil condena suspensão de ajuda humanitária a Gaza

Governo brasileiro critica decisão de Israel, que impacta gravemente a situação humanitária na região.
Através de uma nota oficial, o Ministério das Relações Exteriores expressou preocupação. Foto: ItamaratyGovBr / Flickr

A situação em Gaza se agravou com a recente suspensão da ajuda humanitária, uma decisão que gerou sérias condenações por parte do governo brasileiro. Através de uma nota oficial, o Ministério das Relações Exteriores expressou preocupação e pediu que Israel reverta essa decisão, enfatizando que tal ação representa uma ameaça ao cessar-fogo vigente na região.

A reação do governo brasileiro

O Itamaraty não hesitou em reprovar a interrupção da entrada de bens, remédios e ajuda internacional em Gaza. “O governo brasileiro deplora a decisão israelense de suspender a entrada de ajuda humanitária em Gaza, que exacerba a precária situação humanitária e fragiliza o cessar-fogo em vigor,” afirmou a nota. Além disso, o Brasil lembrou que Israel tem a obrigação de garantir que serviços básicos não sejam interrompidos e que a assistência humanitária deve continuar a ser fornecida.

“Ao exortar à imediata reversão da medida, o Brasil recorda que Israel tem obrigação – conforme reconhecido pela Corte Internacional de Justiça em suas medidas provisórias de 2024 – de garantir a prestação de serviços básicos essenciais e assistência humanitária à população de Gaza, sem impedimentos. A obstrução deliberada e o uso político da ajuda humanitária constituem grave violação do direito internacional humanitário.”

Além de criticar a decisão israelense, o governo brasileiro também pediu tanto ao Estado de Israel quanto ao Hamas que voltem à mesa de negociações. “O Brasil insta as partes ao estrito cumprimento dos termos do acordo de cessar-fogo e ao engajamento nas negociações a fim de garantir cessação permanente das hostilidades, retirada das forças israelenses de Gaza, libertação de todos os reféns e estabelecimento de mecanismos robustos para ingresso de assistência humanitária desimpedida, previsível e na necessária escala,” concluiu o comunicado.

O impacto da suspensão da ajuda humanitária a Gaza

A suspensão da ajuda humanitária em Gaza, que ocorreu a partir do domingo (2), está vinculada a uma decisão tomada por Israel em resposta à rejeição do grupo Hamas em prorrogar a primeira fase de um acordo de cessar-fogo. Este acordo, que começou em janeiro, chegou ao fim no sábado (1º). Com o término do entendimento, os ataques israelenses à Faixa de Gaza foram retomados, resultando em vítimas nas primeiras horas após o término da trégua: segundo o Ministério da Saúde do Hamas, quatro pessoas morreram e 12 ficaram feridas.

Foto: RS/Fotos Públicas

Acordos sobre a ajuda

O Hamas, por sua vez, alega que Israel manipula os termos dos acordos estabelecidos e solicita um cessar-fogo permanente, a retirada completa das tropas israelenses de Gaza e a necessária reconstrução da região. O governo de Israel, demonstrando alguma disposição para dialogar, disse que estaria aberto a estender o acordo de cessar-fogo até o fim do ramadã e da Páscoa, além de propor um aumento no fluxo de ajuda humanitária e a continuidade das trocas de reféns e prisioneiros.

A nova escalada de conflito e a retórica das partes envolvidas destacam mais uma vez a complexidade da situação em Gaza, exigindo atenção e empenho da comunidade internacional para evitar uma crise humanitária ainda mais grave.

Neste contexto, a manifestação do governo brasileiro se insere em uma mobilização maior por parte de nações que buscam garantir a proteção dos direitos humanos e uma solução pacífica para o conflito. As expectativas agora giram em torno da possibilidade de retomar as negociações e estabelecer um diálogo efetivo entre as partes envolvidas, visando um futuro mais seguro e pacífico para a população de Gaza.

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