Brasil, 7 de junho de 2025
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🏺 Arqueólogos descobrem novas pinturas em Pompeia com imagens do culto a Baco

Pintura monumental de quase dois mil anos revela detalhes sobre rituais e a vida social na Roma Antiga

Uma nova descoberta arqueológica em Pompeia está lançando luz sobre os costumes e rituais religiosos da Roma Antiga. Arqueólogos desenterraram um fresco de Pompeia quase em tamanho real, com pinturas ligadas ao culto de Baco, o deus do vinho e da fertilidade. A pintura foi encontrada em um amplo salão de banquetes, em meio a uma escavação que já revelou mais de 50 ambientes na cidade soterrada pelo Vesúvio em 79 d.C.

Descoberta arqueológica revela pintura monumental em Pompeia

A arqueóloga Sophie Hay, do Parque Arqueológico de Pompeia, destacou a grandiosidade do achado:

“É um salão impressionante, onde o fresco se estende de parede a parede, retratando cenas de iniciação ao culto de Baco.”

A descoberta reforça a importância das festividades dionisíacas na sociedade romana e amplia o conhecimento sobre as práticas religiosas e sociais da época.

Arqueóloga Sophie Hay, do Parque Arqueológico de Pompeia
Sophie Hay, arqueóloga do Parque Arqueológico de Pompeia. Foto: Divulgação

Uma obra-prima da arte romana

O fresco de Pompeia apresenta uma composição artística sofisticada, com personagens em movimento, entre eles dançarinos, sátiros e músicos tocando flauta. A pintura cria um efeito de profundidade e realismo, levando especialistas a refletirem sobre a percepção artística da época.

Para Hay, a riqueza dos detalhes revela um aspecto curioso:

“Existe uma ambiguidade entre as estátuas pintadas e a ação real dos personagens, o que levanta questões sobre a relação entre arte e realidade na Roma Antiga.”

Datada do século I a.C., a obra pertence ao segundo estilo da pintura romana. No momento da erupção do Vesúvio, em 79 d.C., o fresco já tinha mais de cem anos, o que reforça sua raridade e o estado excepcional de preservação.

Detalhe do fresco recém-descoberto em Pompeia
Uma das pinturas recém descobertas chama atenção por sua preservação. Foto: Divulgação

Comparação com outras descobertas

A nova pintura tem sido comparada com a famosa Villa dos Mistérios, uma das mais icônicas de Pompeia. No entanto, este fresco de Pompeia traz elementos inéditos, como mulheres caçadoras e cenas de consumo de carne crua, sugerindo que diferentes grupos cultuavam Baco de formas variadas.

A descoberta também contribui para a compreensão do papel da arte na sociedade romana. Além de decorar ambientes luxuosos, pinturas como essa serviam como registro visual das práticas culturais da elite pompeiana.

O que mais pode ser descoberto em Pompeia?

A escavação faz parte de um esforço contínuo para remover o material vulcânico que ainda cobre parte da cidade. Segundo especialistas, cerca de um terço de Pompeia permanece soterrado, o que significa que novas descobertas podem surgir nos próximos anos.

Cena de um fresco romano com figura femininas caçadoras, um dos elementos inéditos encontrados na nova escavação
Detalhe da pintura feminina. Foto: Divulgação

Cada nova revelação ajuda a aprofundar o conhecimento sobre a vida cotidiana na Roma Antiga. Para os arqueólogos, preservar esses frescos e estudar seus detalhes são passos essenciais para reconstruir a história dessa civilização.

A descoberta desse fresco de Pompeia demonstra a riqueza cultural e histórica da cidade soterrada pelo Vesúvio. A pintura, além de fornecer informações valiosas sobre as crenças e festividades romanas, também destaca a sofisticação artística da época. Com as escavações em andamento, o local continua surpreendendo pesquisadores e revelando novas peças do quebra-cabeça da Roma Antiga.

🏛️ Vesúvio congelou Pompeia no tempo

No dia 24 de agosto de 79 d.C., a cidade de Pompeia foi tragicamente soterrada pela erupção do Monte Vesúvio, um dos vulcões mais ativos da Itália. A catástrofe aconteceu de forma repentina, cobrindo ruas, casas e templos com uma espessa camada de cinzas e pedra-pomes, preservando a cidade romana quase intacta por séculos.

Fundada no século VI a.C., Pompeia era uma próspera cidade do Império Romano, conhecida por seu comércio, arquitetura sofisticada e intensa vida cultural. Com cerca de 15 mil habitantes, abrigava banhos públicos, teatros, mercados e luxuosas vilas decoradas com afrescos exuberantes – muitos dos quais ainda impressionam arqueólogos e historiadores.

O soterramento repentino impediu que a cidade fosse saqueada ou destruída por invasores ao longo dos séculos, tornando-a um dos mais valiosos sítios arqueológicos do mundo. As escavações iniciadas no século XVIII revelaram casas, corpos fossilizados em posição de fuga e inúmeros objetos do cotidiano, oferecendo um raro vislumbre da vida romana.

Hoje, Pompeia é um Patrimônio Mundial da UNESCO e segue fascinando pesquisadores com novas descobertas. Cada escavação revela mais sobre os costumes, crenças e a arte dessa sociedade, eternizada pela tragédia, mas preservada na história.

Pinturas descobertas no sítio arqueológico de Pompeia impressionam
Entre as colunas romanas, as pinturas congeladas revelam a sofisticação da arte em Pompéia. Foto: Divulgação
  • Arte romana
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