A atriz e ex-membro da Cientologia, Leah Remini, fez declarações alarmantes sobre a aproximação da religião, frequentemente controversa, com a administração do ex-presidente Donald Trump. Recentemente, Remini comentou sobre a quantidade de cientologistas associando-se a Trump, o que a levou a expressar sua preocupação em uma postagem na rede social X.
A inquietação de Leah Remini
No início desta semana, Remini respondeu a uma postagem do apresentador de rádio conservador Erick Erickson, que havia observado que muitos cientologistas estavam se aproximando do ex-presidente. “Sim, isso é preciso, Erick, e muito assustador. Obrigada por sempre estar ciente dos perigos da Cientologia e sua infiltração bem-sucedida na administração Trump e no governo federal como um todo”, afirmou Remini.
A inquietação gerada por Remini ressoa com muitos críticos da Cientologia, que a consideram uma organização sectária. O fato de que figuras do governo americano estejam se envolvendo com membros da Cientologia levanta questões sobre as consequências políticas dessa relação.
Conexões notáveis com a Cientologia
Embora não tenha nomeado os indivíduos envolvidos, Remini fez referência a Patricia Duggan, uma cientologista proeminente que foi nomeada para o Conselho de Administração do Kennedy Center por Trump. Além disso, o desenvolvedor imobiliário e membro da igreja, Grant Cardone, foi destacado por seu papel em um comício de Trump no Madison Square Garden em 2024. Cardone, conhecido por sua forte ligação com a Cientologia, tem sido um defensor do ex-presidente em várias ocasiões.
A reação da Cientologia e os críticos
Remini não é a única voz crítica da Cientologia. O jornalista Yashar Ali, que também se opõe à organização, concordou com Erickson e destacou que L. Ron Hubbard, o fundador da Cientologia, havia instruído os líderes da igreja a se infiltrar em governos e na vida de figuras políticas eleitas. Ele expressou sua preocupação com a presença crescente de Cardone e sua esposa em plataformas conservadoras como a Turning Point USA e a Prager University.
Desde que deixou a Cientologia em 2013, Remini não hesitou em falar publicamente sobre as práticas da religião, que muitos associam a abuso físico e emocional. Ela tem afirmado que a igreja trata os membros não celebridades de forma desprezível em comparação com estrelas como Tom Cruise e John Travolta, ambos defensores da Cientologia.
Legalidade e consequências
A resposta da Cientologia às críticas de Remini foi agressiva. A igreja a acusou de ser uma “bigot” e uma “pessoa horrível” após ele ter ingressado com um processo de assédio em 2023, que ainda está em andamento. A cientologista tornou-se um alvo para a igreja, que possui um histórico de intimidar ex-membros e críticos.
No contexto atual, Remini tem estado na linha de frente, chamando a atenção das pessoas para o que ela argumenta ser a infiltração da Cientologia nas esferas do poder, e alertando sobre as implicações que isso pode ter para a democracia e a liberdade religiosa nos Estados Unidos.
A relevância do debate
A presença crescente de cientologistas na política não é um assunto a ser ignorado. À medida que mais vozes se juntam à discussão, incluindo ex-membros e especialistas, as preocupações sobre como a Cientologia pode usar sua influência para moldar políticas e práticas governamentais se tornam cada vez mais relevantes. O que a situação exige é um exame crítico e contínuo das relações entre religiões controversas e os poderes do Estado.
O debate sobre o impacto da Cientologia na política dos EUA continua, com Remini e outros críticos desempenhando um papel crucial em trazer essas questões à superfície. À medida que a sociedade avança, discutir a relação entre religião e política se torna cada vez mais essencial e pertinente no cenário atual.


