Na manhã desta quarta-feira (31), já se passaram mais de 120 horas desde a fuga de dois presos de alta periculosidade da Unidade de Tratamento Penal em Cariri do Tocantins, situada na região sul do estado. Apesar dos esforços das forças de segurança, até o momento, nenhum dos fugitivos foi recapturado.
Identificação dos fugitivos
Entre os detentos que fugiram está Renan Barros da Silva, um criminoso que cumpre pena de 72 anos por vários homicídios e é conhecido como serial killer pela polícia. O segundo fugitivo, Gildásio Silva Assunção, de 47 anos, também enfrenta acusações de homicídio. A complexidade e a gravidade dos crimes cometidos por ambos aumentam a preocupação das autoridades e da sociedade em geral.
Como ocorreu a fuga
A fuga foi reportada pela Secretaria da Segurança Pública do Tocantins (SSP), que informou que os presos conseguiram serrar as grades de uma das celas. Após isso, eles usaram materiais improvisados – especificamente, uma corda feita de lençóis – para escalar o muro do presídio. O feito audacioso ocorreu na noite do dia 25, e sua ausência foi detectada na manhã do dia seguinte.
De acordo com a SSP, os fugitivos estavam em uma cela separada por questões disciplinares e haviam sido transferidos de pavilhão recentemente. A Secretaria da Cidadania e Justiça (Seciju) declarou que instaurou uma investigação para apurar as falhas que possibilitaram a evasão, incluindo a entrada de materiais ilícitos na unidade prisional.
Restrições e reforço na segurança
Após a fuga, a segurança da Unidade de Tratamento Penal de Cariri foi reforçada. As polícias Civil e Militar estão realizando buscas intensivas em toda a região sul do Tocantins, mas, até o momento, as diligências não resultaram na recaptura dos detentos.
A Seciju também enfatizou a importância da colaboração da população e pediu que qualquer informação que ajude na localização dos fugitivos seja repassada de forma anônima pelos números de emergência 190 ou 197, além do telefone da Central de Flagrantes 24 horas de Gurupi: (63) 3312-4110, garantindo total sigilo para o denunciante.
Contexto e considerações
A fuga de Renan Barros da Silva e Gildásio Silva Assunção levanta questionamentos sérios sobre a segurança das instituições prisionais no Brasil, especialmente em estados como Tocantins, onde a estrutura e o sistema de controle são frequentemente desafiados. O caso chama a atenção não apenas devido aos crimes violentos envolvidos, mas também pelos métodos utilizados para a evasão, que evidenciam falhas significativas na supervisão e segurança da unidade prisional.
A investigação em curso deverá avaliar não apenas as circunstâncias da fuga, mas também a procedência dos materiais que facilitaram a evasão, buscando assegurar que situações como esta não voltem a ocorrer no futuro. O estado de alerta é mantido, e a busca pelos fugitivos continua, com a esperança de que ambos sejam recapturados rapidamente.
Enquanto isso, a sociedade local aguarda por novidades sobre a situação e o desdobramento dessa fuga, que não apenas abala a confiança no sistema de justiça, mas também reacende temores acerca da segurança pública na região.
Em um contexto mais amplo, episódios dessa natureza demonstram a necessidade de reformar e reavaliar o sistema prisional brasileiro, que ainda enfrenta desafios de superlotação, falta de recursos e gestão inadequada, muitas vezes resultando em situações perigosas para a sociedade.
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