Brasil, 31 de dezembro de 2025
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Menino de 4 anos sobrevive a queda do 10º andar em Ribeirão Preto

Um milagre na cidade de Ribeirão Preto, São Paulo, está gerando comoção e surpresa. O menino Breno Fernandes Girdziauckas, de apenas 4 anos, conseguiu sobreviver a uma queda do 10º andar de um prédio. O incidente ocorreu no último sábado (27) e, apesar da gravidade da situação, ele está com o quadro de saúde estável, internado na Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas (HC-UE).

O que aconteceu na tragédia

O acidente ocorreu por volta das 15h30, quando Breno, que é autista e não verbal, conseguiu acesso à janela do banheiro do apartamento onde vive com a família. A mãe do menino, uma psicóloga, estava próxima ao quarto e, ao ouvir um barulho, correu ao banheiro para verificar o que havia acontecido. Ao encontrar o cômodo vazio, a mãe rapidamente deduziu que o filho havia caído pela janela, que não tinha grade de proteção.

Desesperada, ela correu até o térreo do edifício, onde encontrou Breno no solo da área comum, consciente, mas com graves lesões nas pernas. A irmã do menino acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que chegou rapidamente ao local e prestou os primeiros socorros antes de transportar a criança à unidade hospitalar.

Exames e cirurgias necessárias

Após a realização de exames, foi constatado que Breno havia sofrido politraumatismo, com fraturas nos dois fêmures e em um dos pés. Somente na segunda-feira (29), ele passou por sua segunda cirurgia. O médico neurologista Francisco Vale, que não faz parte da equipe que atende Breno, ressaltou que a trajetória da queda e os impactos enfrentados podem ter contribuído de forma surpreendente para sua sobrevivência.

Surpreendente resistência ao impacto

O especialista destacou que, apesar de ser raro, há um fator que pode ter contribuído: a forma como a criança caiu. Breno bateu antes em uma janela no oitavo andar e em um corrimão da área comum, o que, embora não seja suficiente para amortecer uma queda de tal altura, pode ter influenciado o modo como o impacto ocorreu. “Talvez a forma como ele caiu, apoiando parcialmente os membros inferiores e fazendo um movimento de gangorra, seja uma das variáveis que ajudaram na sua sobrevivência”, especulou Vale.

O papel do atendimento de emergência

A rapidez no atendimento de emergência também desempenha um papel crucial na sobrevivência de Breno. Instantaneamente resgatado e transferido para um hospital de excelência, o menino aumentou suas chances de recuperação e minimização de sequelas, de acordo com o médico neurologista. “A agilidade no resgate e o atendimento no Hospital das Clínicas são fatores que devem ser considerados como positivos nesse caso”, enfatizou.

Possíveis sequelas e recuperação

Embora os indícios de recuperação sejam animadores, é ainda cedo para avaliar qualquer sequela que Breno possa vir a ter, seja do ponto de vista ortopédico ou neurológico. Os médicos iniciaram a retirada gradual da sedação do menino na última terça-feira (30), e seu estado de saúde permanece estável. Vale ressalta que uma queda de tal altura pode resultar em lesões internas, mesmo que ele não tenha batido a cabeça diretamente. “O cérebro pode sofrer contusões devido ao movimento violento causado pela queda”, alertou o especialista.

Conclusão

O caso extraordinário de Breno continua a ser objeto de estudo e interesse da comunidade médica. A combinação de fatores, desde a trajetória do impacto até a agilidade no atendimento, trouxe uma luz de esperança em meio a essa triste situação. O relato comove e serve como um alerta sobre a segurança em lares com crianças, especialmente em relação à prevenção de acidentes em janelas e varandas.

O incidente foi registrado na Polícia Civil como queda acidental, e investigações foram solicitadas ao Instituto de Criminalística e ao Instituto Médico Legal para esclarecer as circunstâncias do acidente. A história de Breno, marcada por seu espírito de luta e a dedicação de sua família e médicos, nos lembra da fragilidade da vida e da importância da proteção e prevenção em nossas casas.

Para mais detalhes sobre o caso, você pode acessar a reportagem completa aqui.

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