Brasil, 14 de março de 2025
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Brasil cria 137,3 mil empregos formais em janeiro, diz Caged

Saldo positivo, mas com desaceleração no ritmo de contratações. Quatro dos cinco setores da economia geraram vagas, mas o comércio teve mais demissões do que contratações.
A Agência de Atendimento ao Trabalhador e Empregador Itinerante funcionará quinzenalmente nos Centros POPs. Foto: Divulgação

O Brasil gerou 137,3 mil empregos com carteira assinada em janeiro de 2025, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quarta-feira (26) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

O saldo de novas vagas formais resulta de 2,27 milhões de contratações e 2,13 milhões de demissões ao longo do mês. Apesar do número positivo, o desempenho representa uma queda de 20,7% em relação a janeiro de 2024, quando foram criados 173,2 mil empregos formais.

Além disso, esse foi o pior resultado para meses de janeiro desde 2023, evidenciando um ritmo de contratações mais lento.

Evolução do empregos formais em janeiro

A comparação histórica dos meses de janeiro reforça a desaceleração do mercado de trabalho formal em 2025:

  • 2020: 112,1 mil vagas fechadas
  • 2021: 254,4 mil vagas criadas
  • 2022: 167,5 mil vagas abertas
  • 2023: 90,1 mil vagas abertas
  • 2024: 173,2 mil vagas criadas
  • 2025: 137,3 mil vagas criadas

Desde 2020, o governo mudou a metodologia de cálculo do Caged, o que torna a comparação com anos anteriores menos precisa.

Saldo de empregos continua em crescimento

Mesmo com a desaceleração nas contratações, o número total de empregos formais no país segue em crescimento. Ao final de janeiro de 2025, o Brasil registrava 47,34 milhões de trabalhadores com carteira assinada, um aumento em relação a dezembro de 2024 (47,2 milhões) e também na comparação com janeiro de 2024 (45,69 milhões).

Desempenho por setores da economia

Os dados do Caged mostram que, em janeiro de 2025, quatro dos cinco setores da economia tiveram saldo positivo na geração de empregos. A única exceção foi o comércio, que registrou mais demissões do que contratações.

Os setores que mais criaram empregos formais foram:

  • Serviços
  • Indústria
  • Construção civil
  • Agropecuária

Já o comércio, tradicionalmente afetado pelo período pós-festas de fim de ano, registrou mais desligamentos do que admissões.

Geração de empregos por região

A criação de empregos formais ocorreu em quatro das cinco regiões do Brasil em janeiro. Os dados detalhados por região ainda não foram divulgados, mas indicam que o mercado de trabalho segue aquecido na maior parte do país.

Caged x Pnad: diferenças na medição do emprego

Os números do Caged consideram apenas os trabalhadores com carteira assinada no setor privado, sem incluir informais, autônomos ou servidores públicos. Por isso, esses dados não são comparáveis com os números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A Pnad Contínua mede a taxa de desemprego total, incluindo trabalhadores informais. Segundo o IBGE, a taxa média anual de desemprego foi de 6,6% em 2024, a menor da história. Até então, o menor índice havia sido registrado em 2014, com 7%.

Perspectivas para o mercado de trabalho

O saldo positivo na criação de empregos em janeiro indica um mercado de trabalho formal ainda em crescimento, mas a desaceleração do ritmo de contratações preocupa analistas.

Entre os desafios para os próximos meses, destacam-se:

  • Incertezas na economia global, que podem impactar investimentos e consumo.
  • Aumento dos custos para empresas, o que pode limitar novas contratações.
  • Evolução da informalidade, que continua representando uma parcela significativa do mercado de trabalho brasileiro.

O aumento no número total de trabalhadores com carteira assinada e a queda da taxa de desemprego sugerem que o Brasil segue recuperando seu mercado de trabalho, embora em um ritmo mais moderado.


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