A atividade industrial da China subiu discretamente em dezembro, após oito meses de contração, segundo dados oficiais divulgados nesta quarta-feira. O índice de compra gerencial (ICG), indicador-chave da saúde do setor, atingiu 50,1 pontos, apenas acima da linha de 50 que separa expansão de contração, segundo o Escritório Nacional de Estatísticas (ONE).
Estabilidade com sinais de melhora na economia chinesa
O resultado de dezembro superou a projeção da agência Bloomberg, que previa 49,2 pontos. No mês anterior, o índice permaneceu em 49,9 pontos. Além do indicador de manufatura, o ICG não manufatureiro também subiu de 49,5 para 50,2 pontos, voltando ao território positivo. Segundo Huo Lihui, estatístico da ONE, houve “uma melhora geral na atividade econômica do país”.
Contexto e perspectivas
Segundo analistas, as expansões no ICG indicam uma reversão parcial da fraqueza recente, marcada por dificuldades no investimento e na construção civil. Julian Evans-Pritchard, da Capital Economics, ressaltou que as melhorias são positivas, mas alertou que “os obstáculos estruturais, como o declínio imobiliário e o excesso de capacidade industrial, provavelmente persistirão em 2026”.
Apesar dos sinais positivos, o consumo interno da China ainda enfrenta dificuldades, refletindo uma prolongada crise de endividamento no setor imobiliário. Assim, a recuperação da atividade industrial representa um passo importante, mas o crescimento sustentável ainda depende de avanços em outros setores.
Repercussões internacionais e desafios futuros
Economistas avaliam que a melhora na indústria pode ajudar a mitigar os efeitos de uma desaceleração global e fortalecer a posição da China no cenário econômico mundial. Contudo, o governo chinês deve continuar enfrentando desafios internos, incluindo a redução da dívida e a revitalização do mercado imobiliário, que permanecem como prioridades estratégicas.
Para o futuro, observa-se que manter a expansão da indústria e reverter a fraqueza no setor imobiliário será fundamental para garantir uma trajetória de crescimento mais sólida em 2026.
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