No último sábado (27/12), um casal de turistas foi agredido por comerciantes enquanto desfrutava de um dia na famosa praia de Porto de Galinhas, em Pernambuco. Johnny Andrade e Cleiton Zanatta, que são do Mato Grosso, decidiram processar a Prefeitura de Ipojuca e o governo do estado, alegando falta de segurança e infraestrutura na região, além da omissão das autoridades locais.
O episódio de agressão
A confusão começou quando Andrade e Zanatta, ao tentarem pagar pelo aluguel de cadeiras e guarda-sóis na praia, enfrentaram uma mudança inesperada no preço. O valor previamente combinado era de R$ 50, mas, no momento do pagamento, os barraqueiros exigiram R$ 80. A recusa em aceitar o novo valor desencadeou as agressões, que resultaram em ferimentos nos turistas.
Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, Cleiton relatou que o casal teve que buscar atendimento médico fora da localidade devido à falta de um hospital adequado e ambulâncias disponíveis. “Tivemos que ser transferidos para Ipojuca e pagamos tudo do nosso bolso”, afirmou Cleiton, expressando sua indignação com a situação. Ele também cobrou responsabilidades das autoridades locais: “Quero que o prefeito sinta na pele o que vivemos”, disse.
Repercussão nas redes sociais
Após o incidente, o casal decidiu antecipar o retorno para Cuiabá, motivado pelo trauma e pela insegurança que sentiram. A decisão foi comunicada em um novo vídeo, gravado no Aeroporto de Maceió, onde eles demonstraram sua decepção com o ocorrido em um dos destinos turísticas mais famosos do Brasil.
Até o momento, a data de entrada da ação judicial não foi divulgada. No entanto, o processo já está em andamento, conforme informaram os turistas.
Resposta das autoridades
Em resposta ao incidente, a Prefeitura de Ipojuca publicou uma nota de pesar nas redes sociais, lamentando a situação e classificando-a como um evento grave. O prefeito Carlos Santana (Republicanos) se dirigiu aos cidadãos e pediu desculpas aos turistas, anunciando o reforço na fiscalização da orla com a Guarda Municipal, Procon e agentes ambientais. Além disso, a prefeitura determinou a interdição da barraca onde ocorreu a agressão por um período de uma semana e afastou os funcionários envolvidos enquanto as investigações são conduzidas.
Defesa dos barraqueiros
Os barraqueiros, por sua vez, se defenderam afirmando que o preço cobrado estava visível no cardápio do estabelecimento e que um dos seus funcionários também teria sido agredido durante a confusão. Eles negaram que a agressão tenha qualquer motivação homofóbica, conforme relatado pelos turistas.
Este caso traz à tona questões importantes sobre a segurança e o tratamento a turistas em áreas de grande visitação, além de reforçar a necessidade de medidas efetivas por parte das autoridades para garantir a proteção e o bem-estar dos visitantes.
Considerações finais
O episódio em Porto de Galinhas não é um caso isolado, e reforça a importância de haver mecanismos de proteção e segurança para turistas em todas as regiões do Brasil. Com o aumento do fluxo turístico, é crucial que as localidades ofereçam não apenas belos cenários, mas também um ambiente seguro e acolhedor para todos.
O que aconteceu com Andrade e Zanatta é um alerta para que as autoridades assumam um papel ativo na proteção dos turistas e na manutenção da ordem pública em áreas turísticas. O desfecho deste caso será acompanhado atentamente para que outros incidentes como este possam ser prevenidos no futuro.



