Brasil, 30 de dezembro de 2025
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Polícia Federal ouve depoimentos de Vorcaro e autoridades do BC no caso do Banco Master

A Polícia Federal iniciou na tarde desta terça-feira a oitiva de Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, e de autoridades do Banco Central, na sede do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. Os depoimentos fazem parte das investigações sobre suspeitas de fraudes e operações ilícitas envolvendo o banco controlado por Vorcaro.

Investigações e eventual acareação

Originalmente, a Corte determinou que os depoimentos fossem confrontados por meio de uma acareação, por ordem do ministro Dias Toffoli, que conduz as apurações sobre o caso. No entanto, na última segunda-feira, o STF informou que a Polícia Federal terá a decisão final sobre a realização ou não do confronto entre versões, decisão que ainda será avaliada posteriormente pelo juiz auxiliar do ministro Toffoli.

Apesar de o caso estar sob sigilo, o STF não esclareceu os motivos que levaram à mudança na tramitação. No começo desta semana, o ministro Toffoli negou um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para cancelar a acareação anteriormente prevista.

Contexto das investigações

Vorcaro e outros envolvidos estão sendo ouvidos devido às tentativas do dono do Banco Master de vender a instituição ao Banco de Brasília (BRB), operação vetada pelo Banco Central em setembro. Posteriormente, Vorcaro foi preso, e o BC declarou liquidação do banco, sob suspeitas de fraudes que movimentaram aproximadamente R$ 12 bilhões.

Questionamentos envolvendo o BC

A investigação foi inicialmente conduzida pela Justiça Federal de Brasília, mas foi transferida para o STF por ordem de Toffoli, após a PF identificar um documento que mencionava uma negociação imobiliária de Vorcaro com um deputado federal. O Banco Central também apresentou esclarecimentos ao Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o processo de liquidação do Banco Master. Os detalhes foram divulgados na última segunda-feira pelo GLOBO.

Resistência à liquidação e tensões internas no BC

A decisão de liquidar o Banco Master contou com unanimidade na diretoria do BC, incluindo o voto favorável do então presidente, Gabriel Galípolo. Entretanto, Ailton de Aquino, diretor de Fiscalização — cuja resistência à liquidação foi notória, segundo informações internas — se posicionou contrariamente. Aquino, considerado aliado do banco por dentro do sistema financeiro, manifestou dúvidas sobre a necessidade de intervenção mais severa, mesmo com várias notificações de riscos e problemas no banco, como mostram registros do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

Relatos indicam que, ao longo do tempo, o diretor minimizou os riscos, apesar dos alertas, o que agravou a situação financeira do banco. A análise da operação que envolveu a compra de 58% do banco pelo BRB, em 2025, também teve papel decisivo na escalada do conflito interno no BC, levando a uma investigação mais aprofundada sobre possíveis fraudes no processo de venda da carteira de crédito do Master.

Perspectivas futuras

Os depoimentos desta semana marcam o início de uma fase delicada nas investigações, que envolvem autoridades políticas e financeiras. A expectativa é de que o caso continue gerando repercussões à medida que as apurações avançam e detalhes sobre a atuação do BC e de Vorcaro forem esclarecidos.

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