O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (29) que os EUA realizaram um ataque a uma instalação portuária na Venezuela, em uma nova fase da campanha de pressão contra o governo de Nicolás Maduro. A ação, que marca a primeira ofensiva terrestre conhecida no país, visa a uma área de carregamento de drogas considerada estratégica pelos Estados Unidos.
Detalhes do ataque e objetivo declarado
Trump afirmou que o ataque ocorreu em uma “área de embarque onde carregam drogas” e que a operação visou “derrubar todos os barcos” utilizados pelo tráfico. Segundo o presidente, houve uma “explosão significativa” na instalação, que servia de ponto de implementação das operações do tráfico de drogas venezuelano. Ainda na segunda-feira, o Comando Sul dos EUA anunciou um novo ataque contra uma embarcação suspeita de estar envolvida no narcotráfico no Pacífico Leste, sem apresentar evidências concretas.
“Eles carregam os barcos com drogas. Então, atingimos todos os barcos, e agora a área foi destruída”, declarou Trump. “É ali que eles implementam as operações, e esse local não existe mais.”
Operações relacionadas e controvérsias
Antes do ataque na Venezuela, Trump havia mencionado em uma entrevista de rádio na sexta-feira que os EUA haviam “derrubado” uma instalação onde, supostamente, barcos partiam carregados de drogas. Segundo reportagens da CNN e do New York Times, a CIA teria realizado um ataque na mesma semana a um cais suspeito de ser utilizado por uma gangue venezuelana chamada Tren de Aragua, considerada grupo terrorista estrangeiro pelo governo norte-americano.
De acordo com fontes anônimas, a operação ocorreu no início de dezembro e não havia ninguém na instalação no momento do ataque. Autoridades acreditam que a gangue estaria preparando o transporte de drogas por mar, mas nenhuma evidência oficial foi apresentada até o momento. As ações fazem parte de uma estratégia de pressão, envolvendo múltiplos ataques a embarcações e instalações consideradas ligadas ao narcotráfico na região.
Contexto e repercussões internacionais
O governo americano não forneceu detalhes adicionais sobre as operações, que elevam ainda mais a tensão na América Latina. A Venezuela ainda não comentou oficialmente as ações, que representam uma escalada na postura de Donald Trump contra o governo de Maduro e seus supostos aliados no tráfico de drogas.
Especialistas alertam que essas ações podem aumentar a instabilidade na região, além de gerar uma crise diplomática com o governo venezuelano. Analistas também questionam se as operações terão efeito duradouro na repressão ao narcotráfico ou se poderão agravar o conflito político na Venezuela.
Perspectivas futuras
Com a intensidade das operações militares e a retórica cada vez mais agressiva, o próximo passo da política dos EUA na Venezuela será acompanhado de perto por governos e organizações internacionais. A comunidade global deve observar se haverá uma resposta oficial do governo de Maduro ou alguma mudança no cenário de tensões na região.


