No cenário atual da política brasileira, uma polêmica recente ganhou destaque nas redes sociais. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) disseminou informações falsas sobre uma suposta taxação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em transações financeiras superiores a R$ 5 mil. A reação não demorou e a Receita Federal divulgou uma nota pública desmentindo a fake news, ressaltando que o objetivo da desinformação era enganar a população.
Desmentido da Receita Federal
O deputado Ferreira fez a postagem em sua conta na rede social X, citando informações de um perfil bolsonarista, onde se afirmava que a partir de 2026 o governo implementaria uma taxa de 27,5% sobre dos trabalhadores que movimentassem mais de R$ 5 mil por mês. Contudo, a Receita Federal se apressou em esclarecer que tal tributo “não existe” e que a informação divulgada “é completamente falsa”.
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O que diz a Constituição?
A Receita Federal reiterou que “a Constituição Federal proíbe a tributação de movimentações financeiras. Isso não existe e nunca existirá nos termos da Constituição atual. Não existe tributação por movimentação financeira”, destacou o órgão.
Apesar do desmentido oficial, muitos termos relacionados à Receita Federal e à suposta taxação continuam sendo buscados com frequência na internet, conforme dados do Google Trends. Além disso, circula a informação falsa de que haveria uma multa de 150% para aqueles que não pagassem esse fictício imposto.
Efeitos da disseminação de fake news
A Receita enfatizou em sua nota que a disseminação de mentiras, fake news e pânico financeiro “interessa apenas a criminosos”. Essa declaração levanta um ponto crucial sobre o impacto que a desinformação pode causar na sociedade, especialmente em tempos de crise econômica.
No final de novembro, o presidente Lula sancionou um projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil por mês, proporcionando um alívio tributário para as camadas mais baixas da renda. A proposta também prevê aumentos na taxação para contribuintes de maior renda, o que gerou discussões acaloradas nas redes sociais.
Com a nova tabela, aqueles que se enquadrarem na faixa de R$ 5 mil a R$ 7.350 terão um sistema de alíquotas progressivas, garantindo que as deduções automáticas evitem que ganhadores de salários ligeiramente acima do limite da isenção acabem reduzindo seu rendimento líquido abaixo do permitido.
O desafio da verdade nas redes sociais
O caso de Nikolas Ferreira é apenas um entre muitos exemplos de como a desinformação pode se espalhar rapidamente através das redes sociais, alimentada por figuras públicas e suas declarações. A responsabilidade em compartilhar informações corretas e verificar fontes é um papel crucial que cada indivíduo deve assumir, especialmente em um momento em que a confiança nas instituições está sendo constantemente testada.
A luta contra as fake news é um desafio contínuo que a sociedade enfrenta, exigindo vigilância de todos. A verificação de fatos antes da disseminação de informações pode não apenas evitar confusão, mas também proteger a integridade da conversa pública e contribuir para um debate mais informado e construtivo.
Portanto, cabe a nós, cidadãos e comunicadores, a missão de fomentar um ambiente de informação ética, onde a verdade prevaleça sobre a desinformação.



