Na noite de segunda-feira (29), a cidade de Sumaré, localizada no interior de São Paulo, foi severamente atingida por uma tempestade, levando a uma situação preocupante na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Engenheiro Marcos Aurélio de Marchi. Imagens capturadas por um paciente e enviadas à EPTV, afiliada da TV Globo, mostram um verdadeiro ‘rio’ de água barrenta se formando na recepção da unidade médica, criando um ambiente caótico para aqueles que buscavam atendimento.
O impacto da tempestade na saúde pública
O vídeo exibido pela EPTV revela a dificuldade enfrentada por pacientes, incluindo pessoas em cadeiras de rodas, que se viram obrigadas a transitar por uma recepção alagada. A imagem é emblemática da situação que muitos brasileiros enfrentam durante períodos de chuva intensa e destaca as limitações estruturais em serviços públicos essenciais. Funcionários, em meio ao caos, tentavam controlar a situação utilizando rodos, buscando minimizar os danos e garantir a segurança dos pacientes.
Resposta da Prefeitura de Sumaré
Diante da situação delicada, a Prefeitura de Sumaré se manifestou, afirmando que a emergência foi rapidamente controlada. Em nota, a administração declarou que os atendimentos na UPA foram normalizados e que não houve necessidade de transferência de pacientes para outras unidades. Além disso, foram tomadas medidas imediatas para desobstruir as vias do município, com o apoio da Defesa Civil, que afirma manter um monitoramento contínuo da situação.
Compromisso com a segurança da população
A nota divulgada pela Prefeitura destacou que todas as secretarias estão atentas e trabalhando de forma integrada para assegurar a segurança e o bem-estar da população durante este período crítico. Apesar da rapidez da resposta, a situação levanta questões sobre a preparação da cidade para enfrentar tais adversidades climáticas, uma preocupação constante em áreas propensas a alagamentos.
A importância da infraestrutura nas UPAs
Cenas como a da UPA de Sumaré não são isoladas no Brasil. A infraestrutura de muitas unidades de saúde foi construída há décadas e, em muitos casos, não suporta as novas demandas geradas por eventos climáticos extremos, que parecem estar se tornando mais frequentes. O investimento em melhorias na drenagem e na estrutura física das UPAs é essencial para garantir a segurança dos pacientes e a eficiência no atendimento em momentos críticos.
O que aconteceu em Sumaré novamente trouxe à tona a necessidade de discutir não apenas a manutenção das unidades de saúde, mas também a capacidade das cidades de se adaptarem às mudanças climáticas. As consequências de não se adaptar podem ser desastrosas, como ficou evidente na recente tempestade, que criou condições desumanas para pacientes e funcionários.
Um chamado à ação
Com o crescimento das cidades e a intensificação das chuvas tropicais, é fundamental que as autoridades municipais adotem planos que não apenas contemplem o tratamento de feridos e doentes, mas também a prevenção de alagamentos e outras situações adversas. Iniciativas como a integração de secretarias e a mobilização de recursos durante emergências são passos importantes, mas a construção de uma infraestrutura robusta e resiliente é o verdadeiro caminho para evitar tragédias futuras.
Conclusão
A tempestade em Sumaré serve como um alerta não apenas para a cidade, mas para todas as regiões do Brasil afetadas por fenómenos climáticos similares. A resposta rápida das autoridades é fundamental em momentos de crise, mas a prevenção e a preparação são essenciais para proteger a saúde e segurança da população em longo prazo.
É vital que a sociedade civil, movimentos comunitários e autoridades locais trabalhem juntos para discutir e implementar soluções que garantam a integridade das nossas infraestruturas de saúde, especialmente em tempos de mudança climática. A saúde pública deve ser uma prioridade, e isso começa com investimentos em infraestrutura que possam resistir às intempéries.


