Brasil, 30 de dezembro de 2025
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Artistas criticam uso não autorizado de suas músicas na propaganda do governo Trump em 2025

Em 2025, o governo dos Estados Unidos, liderado pela administração Trump, lançou campanhas nas redes sociais que causaram forte repercussão ao usar músicas populares sem permissão. Essa prática gerou reações imediatas dos artistas, que denunciaram a utilização indevida de seus conteúdos em vídeos de propaganda, provocando debates sobre direitos autorais e autonomia artística.

Reação de artistas famosos diante do uso não autorizado na propaganda governamental

Na edição de 30 de julho, a conta oficial da Casa Branca compartilhou um vídeo promovendo operações de ICE, com Jess Glynne e sua música “Hold My Hand” de 2015 ao fundo. A artista, em sua conta no Instagram, declarou: “Este post me deixa enojada. Minha música fala de amor, união e positividade — nunca de divisão ou ódio.” Ah, o conteúdo foi associado a uma campanha que satirizava deportações, gerando rejeição pública.

Músicas usadas sem consentimento e a resposta dos artistas

Joey Valence & Brae

No dia 3 de dezembro, a DM do Departamento de Segurança Interna exibiu um vídeo de recrutamento do ICE com a música “Punk Tactics”. Joey Valence indignou-se e afirmou no Twitter: “Nosso trabalho foi utilizado sem o nosso conhecimento para promover o ICE. Isso é repugnante.” Ele reforçou ainda que a sua opinião e a do parceiro musical não representam a posição deles.

Kenny Loggins e a denúncia contra Trump

O cantor Kenny Loggins pediu ao então presidente Trump que removesse sua gravação de “Danger Zone” de uma apresentação no YouTube, após o uso não autorizado do trecho na campanha presidencial. Em uma declaração à NPR, afirmou: “Ninguém pediu minha permissão, e eu gostaria que minha interpretação fosse retirada imediatamente.” Loggins ressaltou a importância de usar a música como símbolo de união, não divisão.

MGMT e temas de repressão

No dia 23 de outubro, uma peça promocional do Departamento de Segurança usou “Little Dark Age” em um vídeo que mostrava prisões de manifestantes. A banda reagiu na mesma rede social, pedindo a retirada da música: “Nós não autorizamos esse uso. Nossa música trata de esperança e possibilidades, não de propaganda policial.” O alerta foi seguido por uma solicitação formal de remoção.

Olivia Rodrigo, Sabrina Carpenter e outros artistas: discursos contundentes

Em novembro, a conta do governo publicou um vídeo com a música “All American Bitch”, de Olivia Rodrigo, em cenas de deportação, com uma legenda provocativa. A artista respondeu, via publicação deletada: “Não use minhas músicas para promover propaganda racista e odiosa.” Alguns dias depois, Sabrina Carpenter também protestou contra o uso de sua música “Juno” em uma montagem de ações da ICE. Ela afirmou: “Essa imagem é repulsiva, e jamais autorizei minha participação.”

Artistas de rock e o repúdio às ações oficiais do governo

O grupo Semisonic, conhecido por “Closing Time”, declarou publicamente que não consentiram o uso de sua música em campanha oficial: “Nossa canção fala de esperança, e não apoiamos essa manipulação.” A banda também reforçou o desejo de que suas obras não sejam usadas para fins políticos ou propagandísticos.

Posição das instituições e a opinião pública

Durante o período, o governo também divulgou conteúdos polêmicos, incluindo um vídeo de Natal com remix de músicas do SZA e Keke Palmer, com mensagens que incentivavam a detenção de imigrantes ilegais. A repercussão levou artistas e entidades a condenar duramente a prática, reforçando a discussão sobre direitos autorais e a ética na utilização de obras musicais em campanhas governamentais.

Especialistas afirmam que o uso não autorizado de músicas fere direitos dos artistas e viola princípios básicos de liberdade artística. A controvérsia de 2025 evidencia a necessidade de maior respeito às obras culturais e uma reflexão sobre o limite entre propaganda e manipulação cultural.

Consequências e desdobramentos futuros

Até o momento, muitos artistas reforçaram seu compromisso de combater o uso indevido de suas criações, solicitando remoções e adotando medidas legais. A situação trouxe à tona discussões sobre autonomia artística e o papel das plataformas digitais na proteção dos direitos intelectuais, apontando para possíveis mudanças nas regulamentações futuras.

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