Israel anunciou oficialmente a entrada em operação do Iron Beam, o primeiro sistema de laser de alta energia a alcançar maturidade operacional, reforçando a defesa aérea do país. A entrega, anunciada pelo Ministério da Defesa no domingo (28), marca uma inovação tecnológica desenvolvida em parceria com a Rafael Advanced Defense Systems.
Iron Beam: uma nova era na defesa aérea israelense
O sistema, conhecido como Feixe de Ferro, combina laser de alta potência com tecnologia avançada de orientação eletro-óptica para neutralizar ameaças aéreas, como foguetes, mísseis, projéteis de morteiro e drones, a diferentes distâncias e com alta precisão. Segundo o Ministério da Defesa e a Rafael, a tecnologia foi projetada para responder a múltiplos ataques simultâneos com custos operacionais muito inferiores aos sistemas convencionais baseados em mísseis interceptores.
Integração na rede de defesa de Israel
O Iron Beam será implantado gradualmente e integrado à rede de defesa aérea do país, ao lado de plataformas consolidadas como o Domo de Ferro, Estilingue de Davi e Arrow. Durante a cerimônia de apresentação, o ministro da Defesa, Israel Katz, afirmou que o sistema representa um momento “histórico”, apontando a tecnologia como uma mudança estrutural na proteção aérea israelense e uma mensagem de dissuasão aos adversários.
Avanços tecnológicos e testes recentes
De acordo com o diretor-geral do ministério, Amir Baram, o Iron Beam simboliza a transição do desenvolvimento para a produção em massa, abrindo caminho para uma “revolução tecnológica” na relação custo-benefício da defesa israelense. Autoridades informaram que o sistema já demonstrou capacidade de interceptar foguetes, mísseis e drones em testes realizados em cenários reais, como em outubro de 2024, quando quase 40 drones do Hezbollah foram destruídos no norte de Israel.
Vantagens econômicas e operacionais
Uma das principais vantagens do Iron Beam é o custo de operação. Enquanto cada interceptação por mísseis tradicionais pode custar centenas de milhares de dólares, ativar o laser equivale a “acender uma lâmpada”, segundo o Ministério da Defesa. Essa eficiência permite ampliar a cobertura de defesa e responder a ataques massivos de projéteis de forma sustentável.
Variante e potencial de evolução
O sistema possui variantes, como o Iron Beam M e o Lite Beam, que diferem em potência, alcance e mobilidade, conforme informações da Rafael. O processo de implantação foi acelerado após o sucesso dos testes em combate, com engenheiros e militares colaborando continuamente para aprimoramento do equipamento.
Contexto global e protagonismo de Israel
Embora países como Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido, Alemanha e Japão estejam desenvolvendo tecnologias similares, Israel se destaca por afirmar ser o primeiro a alcançar integração operacional plena. O sistema, batizado também como Or Eitan em homenagem ao capitão Eitan Oster, morto em combate no sul do Líbano, simboliza uma nova etapa na defesa aérea mundial, mudando o paradigma na proteção contra ameaças aéreas.
Para o especialista em defesa, o lançamento do Iron Beam pode influenciar a estratégia de outros países, impulsionando a corrida tecnológica no setor. Segundo o O Globo, a tecnologia israelense chega a um momento decisivo na evolução da defesa antimísseis global.

